Em nenhum outro lugar do Brasil a confluência entre o branco e o negro gerou tanta coisa boa para a música como na Bahia. Berço do samba e do axé, terra de Caymmi, João Gilberto, Caetano, Gil, Gal, Bethânia e Tom Zé, a Terra de Todos os Santos vai muito além disso.
O Travessia pega carona no feriado chamado de Independência da Bahia, em 2 de julho, para falar sobre a música da região. E traz um convidado especial para um engraçadíssimo bate-papo: o jornalista baiano Franciel Cruz, que sabe tudo sobre o assunto.
Nesta edição, trabalhada por Franciel:
– A Tropicália e o Hino ao Senhor do Bonfim, a melhor aula sobre o que é a chamada “independência baiana”.
– Dorival Caymmi, o cânone absoluto da baianidade, canta a simplicidade da vida do pescador de Itapuã.
– João Gilberto interpreta Caymmi, mostrando que a Bossa Nova é carioca, mas seu criador máximo é de Juazeiro.
– Elomar e a música baiana do interior: a união do sertanejo baiano ao trovadorismo português.
– Maria Bethânia canta Batatinha, o Nelson Cavaquinho soteropolitano.
– Raul Seixas e Marcelo Nova: a dupla fora da árvore genealógica da música baiana negadora dos ícones da baianidade.
– Novos Baianos cantam o santoamarense Assis Valente, um dos compositores favoritos de Carmen Miranda.
– Gerônimo, o ex-Ilê Ayê que contextualizou (e uniu) os ritmos afros de Salvador.
– O soul de Lazzo Matumbi, uma das maiores vozes da Bahia.
– E Rumpilezz, grupo atual que mistura o jazz a outros ritmos, numa releitura de Dorival Caymmi.
Baixe o Travessia: é puro axé.