O mundo assistiu nesta última semana a Alemanha celebrar os 25 anos da queda do Muro de Berlim. Em ano de tetracampeonato mundial (o primeiro celebrado pelo um país politicamente unificado, algo que só ocorreu um ano após a queda do Muro), os alemães dão outro exemplo de maturidade, cuidado e bom gosto para lembrar de seu passado.
Era de se esperar que o futebol explicasse de alguma forma o mapa alemão, mesmo unificado. Não é só o Brasil que apresenta em sua geografia da bola uma espécie de eixo que escancara a divisão social e econômica. Na Alemanha, é muito complicado um time da Alemanha Oriental ocupar as primeiras posições e tocar as taças do país.
O mapa abaixo, feito pelo site Billsportsmap mostra a distribuição geográfica do último campeonato alemão da primeira divisão. Pintei de vermelho a região que ficava do lado de lá do Muro.
Observe que apenas o Herta, da capital alemã, estava na Bundesliga na temporada passada. Os dois times que chegaram na elite para a temporada atual, Paderborn e Colônia, também ficam na metade ocidental do mapa.
A Alemanha encontra uma concentração maior na região da Renânia e do Norte-Vestfália, onde ficam Dortmund e Gelsenkirchen, que são cidades vizinhas, ladeadas por M´Gladbach, Leverkusen e Köln. Nessa região, cidades como Duisburg, Bielefeld e Aachen possuem regularmente times na elite.
Norte e sul possuem times quase fixos: ao norte, Werder Bremen, Hannover e Hamburgo são fortes, e o Wolfsburg segue o mesmo caminho. No sul, a região bávara coloca o Bayern e o Nuremberg(os dois maiores campeões), e ao seu sudoeste a região prospera com Stuttgrt e Frankfurt.
Vale lembrar que, na região da Alemanha Oriental, além do Hertha Berlin, o Cottbus é um time de recente participação na BundesLiga, assim como o Hansa Rostock. Dínamo Dresden e Union Berlim são camisas históricas, mas a grande ironia da região oriental do país, que um dia foi fechada ao capitalismo, é o time de nome Red Bull Leipzig, que em breve deve chegar à elite do futebol alemão.