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Expulso de forma aleatória, pra dizer o mínimo, no clássico entre o time que defende, o Fluminense, e o grande rival, o Flamengo, o atacante Fred, centroavante da seleção brasileira de futebol no último Mundial, gritou aos microfones: o Campeonato Carioca precisa acabar.
Fred é capitão e líder de um clube que protagonizou, na virada de 2013 para 2014, uma investigação sobre uma irregularidade na escalação de um jogador então suspenso de outra equipe da Série A que, de forma tão aleatória quanto, pra dizer o mínimo, levou o atleta a campo mesmo com mais uma partida de suspensão.
Fred faz parte do seletíssimo grupo de jogadores de futebol bem sucedidos num país de chutadores de bola miseráveis. Sim, miseráveis, majoritariamente de salário-mínimo e contratos de meia temporada. Mais que isso, Fred é um dos dez, doze, sei lá quantos, mas poucos, mínimos, que recebem vencimentos à beira do um milhão mensal. Nada contra, afinal é um trabalhador de contrato registrado, carteira assinada e cumpridor de suas obrigações, isso é problema do empregador, que paga, e que se vire pra gerar tal faturamento. Mas contextualiza a posição privilegiada do 9 como mobilizador de pautas estruturais, se é por isso que ele se propõe.
Fred é protagonista, inclusive, de um lance em que se atirou na área de forma aleatória, pra dizer o mínimo, em plena abertura de Copa do Mundo que tinha a pressionada equipe pentacampeã, dona da casa e que havia saído atrás do placar diante da Croácia, que tem a força política e o peso da camisa no torneio comparados a um time nanico de Estadual. Pênalti. Cal, sem dúvida, e vitória brasileira.
Então, meu caro Fred, sejamos francos, somos todos pobres, bastante pobres, iniciantes de mundo, de comunidade, de coletividade. Queremos mudança, então sejamos a própria, começando com duas perguntas simples, até grosseiras:
1. Como melhoramos a relação entre árbitros e jogadores, tentando diminuir o número de erros dos mediadores, se os atletas estão o tempo todo caindo na área para enganá-los? Se os boleiros inclusive valorizam internamente a tal habilidade em forçar tais situações? Se até a Copa do Mundo carimbou essa prática num junho passado?
2. Como é que se estabelece uma liga de clubes, um novo campeonato onde os times estabeleçam objetivos e demandas conjuntas, se na hora de ser rebaixado vai ter gente investigando laranja podre amiga (aleatória, pra dizer o mínimo) pra garantir o bom respiro individual, seja diante de um time com orçamento trocentas vezes menor?
Fred falou o que pensa e isso é bom, mas precisa agora ser cobrado, dar sequência, ou vira falatório sem proposta. Então tá, Fred, alô, aqui é do Botafogo, aqui é do Madureira, beleza, vamos acabar com essa porcaria?
Sim, vamos.
Ou tum-tum-tum-tum…
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