Passado o primeiro mês de Copa Libertadores, alguns grupos com duas, outros com três rodadas jogadas, só um dos cinco clubes brasileiros vira o turno liderando a chave, enquanto dois já perderam atuando em casa, ato condenável para a cartilha dos grandes no torneio continental – ainda mais quando devolver o resultado no estrangeiro será bastante complicado, no caso, diante de Strongest (São Paulo) e Nacional (Palmeiras).
À parte os resultados, pelo que piram em disputar a competição – lembremos que num maio próximo se abrirá uma nova temporada de sete meses com 20 clubes lutando por um lugar no sonhado G4 -, os times brasileiros deveriam jogar mais. Bons trabalhos são certificados por conquista de vaga na Libertadores; reforços chegam para jogar a Libertadores; estaduais, regionais e nacionais são colocados em segundo plano por causa da, claro, Libertadores. E no bola e campo, como diria o outro, não se vê tanto futebol assim. Não deveriam jogar um pouco mais?
Esta semana coloca São Paulo, Palmeiras e Grêmio na parede; testa a força do Corinthians, após perder a invencibilidade; e tem só o Atlético-MG em condição mais favorável – líder e mandante. Aos casos:
O São Paulo precisa do resultado contra o Trujillanos, time venezuelano que participa pela segunda vez da Libertadores e não só perdeu as duas partidas até aqui como foi goleado por 4 a 0 para o River, no mesmo José Alberto Pérez em que recebe o clube paulista. Apesar do empate em Buenos Aires semana passada, o time do Morumbi, tricampeão do mundo, ainda deve em 2016, também no âmbito local após perder o clássico para o Palmeiras. Quarta-feira, Valera, 19h30. [Grupo 1: Strongest 6, River 4, São Paulo 1, Trujillanos 0]
O Palmeiras precisa do resultado contra o Nacional, depois de perder para o próprio escrete uruguaio na semana passada, em casa. Até aqui, só quatro pontos no turno em que jogou duas em casa, ganhando do Central com uma atuação horrível. As partidas vinham sendo tão ruins que derrubaram o técnico campeão do Brasil há três meses – Cuca assumiu na vaga de Marcelo Oliveira. Quinta-feira, Montevideu, 21h45. [Grupo 2: Nacional 5, Palmeiras 4, Rosario Central 4, River Plate-URU 2]
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O Grêmio precisa do resultado contra o San Lorenzo, já que só empatou contra os argentinos atuando em Porto Alegre. Se o manual de um grupo difícil fala em conquistar nove pontos em casa, os gremistas buscam recuperar a pontuação perdida no Brasil, até porque na sequência visita a LDU e, caso perca as duas, pode se despedir com uma rodada de antecedência. Terça-feira, Buenos Aires, 21h45. [Grupo 6: Toluca 7, Grêmio 4, LDU 3, San Lorenzo 2]
O Corinthians precisa do resultado contra o Cerro Porteño, principalmente porque o compromisso seguinte é uma visita ao Santa Fe. Caso não vença, cai para o terceiro lugar da chave e viverá uma verdadeira final na Colômbia. Ainda que a situação não seja nem um pouco complicada – são duas vitórias em três jogos – devolver o resultado diante do Cerro, após perder no Paraguai, já vira um primeiro desafio ao novo elenco de Tite. Quarta-feira, São Paulo, 21h45. [Grupo 8: Cerro Porteño 7, Corinthians 6, Santa Fe 4, Cobresal 0]
O Atlético-MG tem a melhor situação e é o menos pressionado de todos. Claro que vai em busca do resultado contra o Colo Colo, já que a vantagem inicial excelente, com seis de seis pontos, pode ir se dissolvendo caso não vença os chilenos como mandante – empatou em Santiago. Já que o Melgar, três derrotas, pinta como candidato a zerar no grupo, bater o rival desta semana é o que garante o diferencial atleticano, que se permitira viajar tranquilo para visitar o Independiente del Valle na sequência. Quarta-feira, Belo Horizonte, 21h45. [Grupo 5: Atlético-MG 7, Colo Colo 5, Independiente del Valle 4, Melgar 0]