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Após um breve editorial em boicote à “Super Final” a ser disputada em Madrid – e como bem definiu Juan Román Riquelme “el amistoso más caro de la Historia” – nossos muchachos valorizaram os últimos campeões continente adentro, além de repassar a situação nos países cujo calendário futbolero ainda não acabou.
Também saudamos o Clásico Tucumano, que voltou a ser realizado na elite de futebol argentino depois de 37 anos, com vitória do San Martín de virada na casa do arquirrival Atlético. Para finalizar, a música engajada do chileno Patricio Manns em parceria com os conterrâneos do Inti-Illimani.
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Daniel Lopes disse:
Salve Matias! Queria muito escrever algo em agradecimento a vocês, já que ouço programas da casa há alguns anos, mas nunca tinha me manifestado. Não tenho redes sociais, sou meio ponto cego nesse sentido, mas estou sempre acompanhando ocês e um outro bocado de gente boa, que vão se interligando (espero que sem a ajuda de algoritmos hahahaha, mas sim da percepção e do sentimento de gente bacaníssima produzindo programas magníficos) nas descobertas do meu caminho.
Calhou dessa semana ser a semana para consumar meu agradecimento: termina hoje o meu trabalho de alguns meses intensos e fantásticos junto aos atingidos pela barragem da Samarco nos distritos de Mariana/MG, minha companheira também está finalizando parte do ciclo dela junto a UERJ (que resistirá sempre!) e li há pouco que o Paulo Júnior, gigante, irá também desbravar novos horizontes pós C3. Oyé!! Tudo de melhor para todos nós nessas novas empreitadas rumo ao desconhecido!
Ouço o Conexão desde 2014, quando terminei de ler Procura do Romance, do Julián Fuks, e os encontrei na podosfera procurando algo sobre ele. Que encontro! A única coisa que conhecia de podcast até aquele momento era o WTF do Marc Maron, produção gringa, aquela pegada de entrevista mais intimista, tinha ouvido a conversa dele com o Robin Williams, aquele papo profundo, mas ao mesmo tempo caótico, dilacerante, nada parecido com o que eu já havia ouvido ou visto antes nos modelos tradicionais de mídia. Pensei: Podcast, taí um trem massa!
Ôcês então apareceram, trazendo a América Latina pro interior dos nossos corações pulsantes, nas almas fervilhantes desses sudacas sem mar e que falam como chilenos, pero en portugues, já que no interior de Minas Gerais (sou natural de Mariana mesmo) só chegava a América de nossa gente pela literatura, pelos filmes em torrent e cine clubes empoeirados, pelos poucos intercambistas nas universidades. E que sol de cume dos Andes, que espetáculo foi ouvir vocês falando de cultura, resistência, política, futebol (bica eles, Galo!!) com empatia, respeito, amor, crítica fundamentada, profundidade e senso de irmandade. Latinoamerianos ao extremo, carajo!
Ôces podem não ter essa percepção muito clara, mas prôces que estão nos grandes centros, mesmo o contato com o outro pode existir mais real e intenso no caos urbano do que as amarras provincianas de cidades pequenas propiciam. Ainda que com internet. Ainda que com a vida noturna alternativa, a busca do seu lugar no mundo é difícil demais nessas bandas. Sem lenço, dinheiro, documento, pegando busão fudido e nunca licitado. E vocês abriram essa porta pra mim! Quanto consegui absorver contigo, Biglia, Gabriel Brito, Leo Lepri, e seus epítetos ducaralho, além dos convidados. Quanto de latino eu me dei conta que sou!
E seguiu-se com a descoberta do Xadrez Verbal e do Fronteiras Invisíveis (excepcionais!!) junto ao Filipe, o Thunder (porra, o cara tava aqui?), o Trajano chegando depois e vocês mantendo vivo aquele clima de Pontapé Inicial com a ginga centralina, Meu Time de Botão e Som das Torcidas (agora com o na Bancada), Central na Copa (foi foda!!! acompanhei com’cês) fora os eventuais episódios do LadoB do Rio com aqueles malucos ponta firme demais, das Dibradoras, Trivela, Baião de Dois, o acolhimento ao incomparável Gerd Wenzel, enfim, vocês produzem conteúdo bão demais!!! Por isso agradeço vocês de coração!!
Eu que sou filho de operário (que faleceu quando meu irmão e eu éramos jovens), negro (mulato para os que gostam de me tratar sem o devido respeito quando entro em ambientes sociais aonde não sou desejado, e a condescendência é mato), primeiro da minha família a ingressar, estudar e me formar em universidade federal, na UFV e na UFOP, em dois cursos diferentes, tenho a cada dia total consciência das lutas e dos desafios coletivos. Muito mais do que a batalha individual (que é imensa, eu lhe garanto), o que importa para mim são os combates, os louros da vitória (sempre momentânea) e o companheirismo no momentos mais obscuros. Mesmo formado, passei por muitas dificuldades financeiras e sociais, e, com esse último trabalho, pude, enfim, dar minha pequena contribuição mensal à Central 3, que espero que cresça, se mantenha firme, forte, independente e aguerrida. Aguante!!!
Aliás, foi por ter ouvido esse último Sudaca, já sem a participação de todos os compas fixos há algum tempo, com o Lepri fazendo via Skype contigo para segurar as bases, as eventualidades que fazem o programa ficar cada vez mais sazonal, sabendo o esforço, a dedicação e o amor com o qual ôce traz esse programa para os ouvintes, que decidi por fim escrever. Toda forma de empreitada dessa importância tem que conter o registro de que foi algo de muito marcante na vida de muitos de nós (sei que não estou sozinho). Analytics, números de programas baixados, streaming e todo esses trem tem seu valor quantitativo, mas, simbolicamente, saibam que vocês seguem ocupando e resistindo em diversos pontos dessa terra ao sul do equador (e também o cadinho ao norte dele que nos importa hahahaha).
Um saludo especial à minha querida Inês, que aniversaria amanhã, dia 15, ao meu primo Juninho, bom e velho Knuba, que também está sempre na escuta dôces!
Valeu demais e vida longa à tudo que é prosa boa!
Forte abraço, hasta!