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Relembrando do saudoso Futebol Urgente, nossos puxadores Irlan Simões e Matias Pinto trocaram ideia com Fred Elesbão e Gustavo Mehl sobre os 20 anos do manifesto Against Modern Football, que se espalhou por inúmeros coletivos europeus de ambos pólos ideológicos, no final do século passado, em meio ao processo de elitização dos estádios e surgimento de novos players.
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Leonardo Sul disse:
Bom, meu comentário sobre o programa Vai ficar um pouco extenso. Peço desculpas. Se alguém ler, já fico satisfeito.
3 pontos:
1°) Quanto a questão do aspecto reacionário no Manifesto e do Movimento como um todo, bem, um lema do Na Bancada é: “As Arquibancadas estão em disputa”, né? Se tratando de um movimento internacional sem uma liderança específica, podemos dizer q é uma disputa natural. Se tratando ainda de um mov político europeu, estranho seria se não tivesse um ponto ou outro defendido por correntes de direita. E quando digo isso n é por uma lógica pós-mod.
Acho que é preciso tomar cuidado ao apontar essas contradições reacionárias dele para simplesmente n soar como uma campanha de abandono dessa bandeira por parte da galera progressista.
Por mim, temos q levanta-la com nossas reivindicações e n deixar q ela seja completamente apropriada pelo lado reacionário. Embora haja um manifesto, hoje a definição de “Futebol Moderno” ainda é imprecisa. Uma das perguntas q mais respondo ao abordar o assunto é “o que é o Futebol moderno para você?”. Fica claro que não existe consenso.
2°) Gostei muito da forma que acabaram sendo divididas as prioridades e as questões secundárias. Muitas vezes as secundárias ganham mais ênfase por serem mais “visíveis”. Só não consigo imaginar uma maneira de realizar um trabalho de base a nível nacional para tentar centralizar o Movimento. Produção Científica é uma bolha de acesso restrito!
3°) Eu ia fazer uma provocação antes da gravação do Programa. Não fiz pq achava q isso estaria nele de qqer forma e não conseguiria fazê-la sem opinar. Espero então que isso seja abordado no próximo programa sobre esse tema. Já deixo isso de provocação: a questão da suposta mercantilização excessiva da própria Bandeira.
Há uns anos me recordo da nota de uma Barra de um simpático clube de bairro na qual eles defendiam categoricamente q a luta contra o futebol moderno teria morrido pois hj vendem-se camisas com a frase. Como se a própria luta estivesse monetizada rs
Bem, comparo isso a famosa “Camisa do Che”, que muitas vezes é usada fora de contexto, ou camisas de bandas de rock que são usadas como artigos de moda. Não vejo sentido em condenar uso delas por apoiadores da causa/fãs (eu mesmo tenho camisas, bonés, etc). Isso se parece com aquela crítica que coxinhas disparam contra pessoas de esquerda: “critica o capitalismo, mas usa tênis da Nike” ou coisa do tipo. Fossem as camisas do Against Modern Football produzidas por um dessas grandes marcas como uma Nike ou Adidas, eu concordaria. Mas não, geralmente são feitas por torcidas ou por pequenos vendedores ou páginas de internet. Não é uma indústria q movimenta milhões rs. Dessa forma, vejo a questão das camisetas como apenas uma maneira de levar a frase até os olhos de outro público, assim como uma pichação ou coisa do tipo.
Um abraço a todos e parabéns pelo excelente programa!