Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem neste episódio a escritora e médica Natalia Timerman, psiquiatra no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, em São Paulo, há sete anos. Em 2017, ela compartilhou histórias, personagens e o cotidiano desse seu trabalho no livro “Desterros: histórias de um hospital-prisão” (http://bit.ly/desterros), e, neste mês de outubro, está lançando sua primeira obra de ficção, “Rachaduras” (Editora Quelônio). Além de um panorama do sistema carcerário no país, conversamos sobre o papel da literatura para narrar e processar o inenarrável, o processo de desumanização dos presos e o esforço da autora em narrar suas histórias de forma a não reforçar esse processo e sim humanizá-los.
*Links: Sobre “instituição total”, Erving Goffman, “Manicômios, prisões e conventos” (http://bit.ly/Erving_Goffman); Hannah Arendt, “A condição humana” (http://bit.ly/acondiçãohumana); artigo Natalia Timerman na Agência Ponte (https://ponte.org/artigo-bolsonaro-nao-e-louco-e-idiota/); artigo Fabio Mallart no Diplo (http://bit.ly/prisão-e-tarja-preta).
Trilha: Milton Nascimento, “Coração civil”; Beth Carvalho, “Velho ateu”.