Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem as mulheres quilombolas Selma dos Santos Dealdina, do Angelim III, Território do Sapê do Norte, em São Mateus (ES), e Vercilene Francisco Dias, Vão do Moleque, Território Kalunga, em Cavalcante (GO). Selma é assistente social, foi gerente de política para as mulheres no Espírito Santo e é secretária executiva da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq); e Vercilene é mestre em Direito Agrário pela Universidade Federal de Goiás, graduada em Estudo Internacional em Litígio Estratégico em Direito Indígena pela PUC do Peru e atua como advogada popular na Conaq e na Terra de Direitos. Elas são, respectivamente, organizadora e autora de um dos capítulos do livro “Mulheres quilombolas: territórios de existências negras femininas” (http://bit.ly/mulheres-quilombolas), lançado pela editora Jadaíra neste mês e tema deste episódio. Conversamos sobre a trajetória delas e de seus quilombos, o papel da resistência negra contra a escravização e a importância desse reconhecimento no Brasil de hoje, o protagonismo das mulheres, a luta pela terra e por uma produção voltada para as necessidades das pessoas, o combate ao racismo e os ataques lançados pelo atual governo federal contra negros e quilombolas, especialmente por parte do presidente da Fundação Cultual Palmares.
Trilha: Elza Soares, “Língua solta” (Alice Coutinho e Romulo Fróes); Gilberto Gil, “Drão”.