O espetáculo inesquecível que a Fórmula 1 proporcionou há exatamente uma semana no anel externo de Sakhir foi exatamente o oposto da corrida que encerrou uma ótima temporada 2020. Na noite deste domingo (13), Abu Dhabi foi palco de outra corrida sonolenta e sofrível, desprovida de emoção e com apenas raras disputas no pelotão intermediário. Ao fim de 55 voltas, Max Verstappen venceu em Yas Marina e alcançou seu segundo triunfo no campeonato e o décimo na carreira na esteira de uma jornada dominante ao longo da prova.
Se é verdade que Verstappen dominou como quis e liderou de ponta a ponta, há outro ponto: a Mercedes, que foi a senhora de toda a temporada e conquistou com merecimento seu sétimo título do Mundial de Construtores, esteve irreconhecível em Abu Dhabi. Valtteri Bottas jamais esteve sequer perto de ameaçar Max, mas o finlandês desta vez teve uma performance mais aceitável para cruzar a linha de chegada em segundo lugar e garantir o vice-campeonato do Mundial de Pilotos.
Lewis Hamilton, por sua vez, realizou a corrida que foi possível. Ainda sem estar 100% recuperado depois de vencer a Covid-19, o heptacampeão do mundo atuou debilitado fisicamente. E também contou, assim como Bottas, com um motor Mercedes com menos potência que o habitual. O procedimento foi adotado pela equipe como forma de precaução para evitar mais quebras nesta corrida derradeira de 2020.