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SDT Na Bancada #38 Valencia CF

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Um dos maiores emblemas do futebol espanhol vive uma crise sem precedentes, poucos anos após a chegada de um mecenas estrangeiro ao comando de sua sociedade anônima.

Sob o comando do magnata Peter Lim, o Valencia CF segue sem grandes logros esportivos, ampliou consideravelmente sua dívida, assistiu à fuga de ídolos que trabalhavam no clube, viu talentos serem perdidos por má gestão e segue sem ver o megalômano estádio Nou Mestalla concluído.

Nosso interlocutor direto da comunidad valenciana é Sergi Aljillés, aficionado pelos ches e presidente da Penya Colla Blanc-i-Negra.

Irlan Simões e Matias Pinto contam também com a companhia de Daniel Ferreira e Victor Figols , autores do artigo “A ‘Ley de Deporte’ na Espanha e o modelo de ‘Sociedad Anónima Deportiva’: um balanço dos últimos 30 anos”, no livro Clube Empresa: abordagens críticas globais às sociedades anônimas no futebol (Corner, 2020).

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3 comentários em “SDT Na Bancada #38 Valencia CF”

  • José Tiago Teles disse:

    Só acho incoerente o Irlan Simões, ele critica a ideia da superliga, que eu crítico também, o elitismo no futebol brasileiro, mas para a copa do nordeste, ele já defendeu no Baião de Dois o discurso que precisa ser criada uma segunda divisão, acabando assim com a classificação via estaduais como é atualmente. Gostaria que explicasse essas posições contraditórias

    • Irlan Simões disse:

      Salve José, fui avisado do comentário por Matias e vim aqui me justificar.

      Bom, primeiro que a Copa do Nordeste não é comparável às Champions. Não se trata do principal e mais rico torneio continental. A Como do Nordeste é um gesto de resistência dos clubes locais contra interesses da CBF, que só autorizou sua realização porque a Justiça lhe obrigou a pagar 60 milhões de reais para indenizar os clubes pelo fim da CNE em 2003 (e ela trocou por dar aval à nova CNE).

      Portanto, sua realização precisa “provar sua validade” a todo instante, até para garantir que dure para além dos 10 anos do acordo firmado com a CBF, que se encerra em 2022.

      Ao lado desde problema, ha uma falsa aliança com as federações locais, que na verdade são adversárias: as datas dos estaduais não são pensadas para tornar a CNE maior, mas para ATRAPALHAR a CNE e resguardar os interesses dos estaduais. Não faz o menor sentido isso, considerando a disputa pesada pela sobrevivência da CNE.

      Outra questão é: na atualidade, já há uma regra que beneficia os maiores clubes. A classificação por ranking faz com que certos clubes tenham “cadeira cativa” na competição. Sem dúvidas muito mais danoso do que duas divisões.

      Mas meu problema com o atual formato vai mais além dessas duas questões. Trata-se do peso que a competição tem para os clubes de Serie C e Série D, que se beneficiam da CNE por cerca de duas temporadas. Sem a continuidade (resultado de um ano, conta pro outro), o impacto da CNE é desperdiçado.

      Exemplo hipotético: o Ferroviário se classificou pra CNE e isso ajudou ele a subir da D pra C. Mas ao mesmo tempo que ele se matava pra chegar na quarta de final da CNE, o Uniclinic (um clube que nem existe mais) ganhava um dos turnos do Cearense, garantia vaga nas finais e PEGAVA A VAGA DO ESTADO NO ANO SEGUINTE.

      Perceba que não há demérito do Uniclinic, mas há um imenso impeditivo ao Ferroviário de conciliar as duas competições (lembre que as federações estaduais avacalham o calendario) e é MUITO COMUM casos de CLUBES QUE VÃO BEM NO NORDESTÃO MAS NÃO CONQUISTAM VAGA PARA O ANO SEGUINTE.

      Isso prejudica o desempenho desses clubes NO CAMPEONATO NACIONAL, uma das principais razões do Nordestão existir: seu potencial de equilibrar financeiramente os clubes do Nordeste contra os clubes do Sul.

      Percebe o problema? Um sistema com divisões impediria essas injustiças, porque CNE não é Champions, que dura o ano todo e é intercalada com um longo campeonato estadual. Ela é intercalada com um estadual de tiro curtíssimo.

      E ainda há outros problema pior que nem vale alongar aqui: os clubes-empresa e clubes-prefeituras que vem de estaduais geralmente pegam o dinheiro da CNE, guardam no bolso, e só cumprem tabela na competição. O próprio Uniclinic é um caso concreto. Uma vergonha.

  • Fernando Cesar disse:

    Boa tarde! em primeiro lugar, gostaria de mandar um grande abraço para o Leandro Iamin. Te acho de uma inteligência e sensibilidade ímpares! Sigo vários podcasts da Central 3, são excelentes.

    Sobre o episódio do Na Bancada, sou atleticano e o time internacional que mais simpatizo é o Valência CF. Já conhecia essa história dos ultras de extrema direita e fiquei muito triste, pois sou de esquerda. Mas é a vida e idiota tem em todo lugar. Um grande abraço Leandro! Resistiremos!
    #AquieGalo
    #ForaBozo

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