Tem série nova no ar. Lançamos agora a segunda temporada da nossa série sobre mobilidade Cidade livre! No primeiro episódio, conversamos com a poetisa, jornalista, escritora, cantora e atriz Elisa Lucinda, com a assistente social Rafaela Albergaria e com a socióloga Vilma Reis. Rafa é uma das organizadoras, com Daniel Santini e Paíque Duques Santarém, do livro que vai inspirar esta temporada, o “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), lançado em abril pela Fundação Rosa Luxemburgo e pela Autonomia Literária. A obra – e também esta série – reúne mais de vinte pesquisadores, artistas, ativistas e gestores públicos – de origens, vivências e lugares dos mais diversos – para analisar o sistema de transportes no Brasil com um olhar especial para a questão do racismo. Neste lançamento, Rafa faz uma apresentação do livro, explica os encadeamentos entre racismo e mobilidade no Brasil e dialoga com Elisa e Vilma, autoras da apresentação e do posfácio do livro, sobre sua experiência e suas análises do transporte público enquanto mulheres negras e ativistas antirracistas.
A Rafaela é militante antirracista, abolicionista e feminista negra, mestre pela Escola de Serviço Social da UFRJ e pesquisadora em direitos humanos, política públicas, mobilidade urbana, direito à cidade e racismo institucional. Em 2019 ela lançou o livro “Não foi em vão: mobilidade, desigualdade e segurança nos trens metropolitanos do Rio” (https://naofoiemvao.casafluminense.org.br/), em que registra, ao lado de João Pedro Martins Nunes e Vitor Mihessen, a história de Joana, sua prima-irmã que foi morta em 2017 ao embarcar num trem de subúrbio no Rio de Janeiro.
A multiartista Elisa Lucinda é uma das escritoras que mais contribuíram para popularizar a poesia no Brasil. Dentre seus 18 livros, estão “Parem de falar mal da rotina” e “A menina transparente”, que lhe rendeu, em 2002, o prêmio Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infanto e Juvenil. Já o seu romance “Fernando Pessoa: o cavaleiro de nada” foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2015. Suas publicações mais recentes são, “Vozes guardadas”, de 2017, e “O livro do avesso: o pensamento de Edite”, de 2019. Como atriz, Elisa possui dezenas de trabalhos na televisão, no cinema e no teatro, como a novela “Mulheres apaixonadas”, o filme “A causa secreta” e a peça “Parem de falar mal da rotina”, em cartaz desde 2002. Em 2008 ela fundou, em parceria com a atriz Geovana Pires, a instituição Casa Poema, que desenvolve cursos de Poesia Falada. Dentre os projetos realizados está o Versos de liberdade, que ensina a palavra poética a jovens que cumprem medidas socioeducativas, pessoas em vulnerabilidade e pessoas trans.
Vilma é socióloga, defensora dos Direitos Humanos, ativista do Movimento de Mulheres Negras e cofundadora da Coletiva Mahin Organização de Mulheres Negras.
*Links: Estudo Iser (https://bit.ly/3bIyaUD); Mapa da Desigualdade (https://bit.ly/2Rxpt8Q); Cidade livre #05 – Cleo Manhas e Rafaela Albergaria (https://bit.ly/3yi6UpF). Trilha: Ney Matogrosso, “Tem gente com fome” (João Ricardo e Solano Trindade). Ilustração: Juliana Del Lama.
Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.