Dos 11 jogadores que Edgardo Bauza mandou à cancha na noite de ontem (03/02) apenas o lateral chileno Eugenio Mena não fez parte da temporada mais BIPOLAR do São Paulo F.C. desde 1990. A intempérie que recebeu a delegação tricolor em Trujillo poderia virar a metáfora banal de “chuva de gols” se o bandeirinha validasse o cabeceio de Allan Kardec que cruzou a linha ou se PH Ganso não tivesse acertado o travessão.
El Patón é conhecido por montar suas equipes a partir da defesa, porém foi justamente no erro de marcação de Bruno (quanto custa mesmo o Buffarini?) e Centurión que o C.D. Universidad César Vallejo abriu o placar, aos 19 minutos, com o DERECHAZO de Alejandro Hohberg.
O gol dos poetas transformou a etapa inicial em um sarau interminável e a pouca inspiração do tridente ofensivo formado por Ricky, Kardec e Michel Bastos fez com que os visitantes voltassem ao vestiário em desvantagem no marcador.
Após o intervalo, em uma tabela entre Ganso e Hudson, o camisa 25 quase empata a partida. Mas foi a aposta de Bauza que trouxe a igualdade; Jonathan Calleri precisou de oito minutos para mostrar parte do seu repertório – não sem antes tomar um cartão amarelo – aproveitando um lançamento longo – e contando com a indecisão de Luis Felipe Cardoza – e apenas um toque encobrir o goleiro adversário: GOLAZO!
Em busca da virada, El Patón sacou o apagado Centurión para dar lugar à Carlinhos, alterando o 4-2-1-3 inicial para o 4-1-4-1 também com a entrada de Wesley na vaga de Thiago Mendes. Houve tempo para duas chances que foram desperdiçadas – em rebote de Breno e cabeceio de Michel Bastos – resultado que daria mais tranquilidade para a partida de volta.
O primeiro passo foi dado e o bom retrospecto diante de equipes peruanas foi mantido. E apesar da miopia da diretoria que triplicou o preço dos ingressos dos sócios em relação ao ano passado, a próxima quarta-feira não será de cinzas, já que milhares de torcedores devem tingir o Pacaembu de vermelho, preto e branco.