Muita festa e esperança no frio anoitecer da cordilheira, bombos y platillos estalando por todo o país, ainda que mais timidamente do que o esperado nas famosas arquibancadas do Estádio Nacional, localizado em Santiago – nada surpreendente quando os preços dos ingressos alteram o perfil do público. Em campo, uma ansiedade inédita, pois os donos da casa nunca estrearam num campeonato de relevo com o rótulo de favorito.
Apitado o início, o Chile logo mostrou suas credenciais, com Valdivia em uma de suas jornadas bissextas de empenho e compromisso coletivo. Em 15 minutos, deu dois passes que deixaram os atacantes na cara do gol e poderiam ter levado la Roja a um conforto inicial. Passado o sufoco, o aguerrido Equador equilibrou o jogo, com seu trio de meias a serviço de Enner Valencia.
Depois de um primeiro tempo que foi desacelerando, o segundo continuava marcado pela dificuldade chilena de furar o bloqueio. Após o 3-4-3 de saída, o time de Sampaoli alterava seu desenho de jogo constantemente, conduzido também pela técnica e vigor de Vidal, que numa investida pela ponta direita cavou pênalti. Em outra semelhança com a abertura da Copa de 2014, Nestor Pitana incorporou Yuichi Nishimura e Sanchéz aliviou o sofrimento local.
O pibe maravilla e Vidal, contando com seu ótimo condicionamento, mantinham o ritmo, enquanto os cafeteros não encontravam soluções pra empatar. Já no final, Vargas, cuja carreira parece nunca entrar no prumo, saiu do banco para definir a peleja. Ao menos na Roja, ele costuma aparecer.
Pelos plantéis e o nível dos rivais de grupo, ambos têm obrigação de carimbar a classificação.
México e Bolívia não frustraram os poucos torcedores que foram ao mítico Sausalito, em Viña del Mar, afinal as expectativas no duelo entre as seleções lanternas da edição anterior da Copa América não eram das melhores. Os resultados nos últimos amistosos também não empolgaram e o placar final do encontro da entre safra de aztecas e aimarás não poderia ser diferente de um enfadonho oxo.
As equipes do grupo A voltam aos gramados chilenos nesta noite a partir das 18h, quando Equador e Bolívia medem forças no Estadio Elías Figueroa Brander, em Valparaíso, e os anfitriões recebem o México às 20h30, ainda no Estadio Nacional, na partida de fundo.