No último episódio da série especial Cidade livre, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem as autoras do artigo “A juventude negra vai circular”, as ativistas Lisandra Mara, Luana Costa e Luana Vieira. O texto está publicado no livro “Mobilidade antirracista” (https://bit.ly/3uItoOh), que inspira esta série. Na entrevista, elas analisam como as cidades são produzidas para corresponder aos interesses dominantes, econômicos, brancos, masculinos e adultos, as consequências para a população negra do apartheid urbano que vigora informalmente nas metrópoles brasileiras, a reação da juventude a essa situação de opressão e a mobilidade urbana como uma política de reparação.
Membra do Coletivo Habite a Política e ativista pelo direito à cidade, a Lisandra é arquiteta e urbanista da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora do grupo Africanidades BH.
Luana Costa é educadora, comunicadora popular e especialista em Direitos Humanos e Cidadania e atua como uma das articuladoras da Roda BH de Poesia e na consultoria de redes e mobilização social do Movimento Nossa BH.
E a Luana Vieira é assessora jurídica, pós-graduada em Direitos Humanos e em Direitos Difusos e Coletivos e bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Ela tem experiência de assessoramento técnico na administração pública no âmbito municipal, estadual e federal nos poderes Legislativo e Executivo e é membra do Coletivo Pretas em Movimento e do Núcleo Jurídico da Coalizão Negra por Direitos.
A poesia da abertura “Basta”, e a sua interpretação, é da MC Martina (@mcmartina_), rapper, poeta e produtora, que já é umas das principais vozes do cenário do slam no Brasil.
Ilustração: Juliana Del Lama. Foto: Matheus Alves.
Esta publicação foi realizada com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo e fundos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e de Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). O conteúdo da publicação é responsabilidade exclusiva do Le Monde Diplomatique Brasil e não representa necessariamente a posição da FRL.