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Um comentário em “Dia 1070 | Terrivelmente fodidos | 30/11/21”
Fernando Gonçalves Leite Neto disse:
Olá à quem estiver lendo (se tiver). Infelizmente, como é de comum à mente humana, comento pela primeira vez, nesse excelente programa que ouço desde o começo da CPI, por discordar de muito do que foi dito. Se eu pudesse dar um subtítulo a esse episódio seria “nem todos são ruins, tem os que concordam comigo!”.
Pra já me explicar, antes que surjam rótulos, sou sim protestante, mas não comento nem por partidarismo de fé, pois na maior parte da minha vida fui umbandista e não gosto de passar pano pra evangélico merdeiro, e não, não sou de direita, sou atualmente dado à social democracia de centro esquerda, e me oponho ao excrementíssimo presidente desde 2014, então não sou bolsonarista. Também não sou um “hater” ou coisa do tipo, amo o programa e sigo podcasts da Central 3 desde 2016.
Bom, vamos aos pontos. Eu admiro muito o Cristiano Botafogo. Acho ele inteligentissimo, hilário, e mescla profundidade teórica com linguagem acessível de forma incrível. Mas neste episódio, admito que muita coisa me incomodou. Não tenho nenhum afeto ao bolsonarismo apenas ódio e nojo [à ditadura], mas isso não impediu o Cristiano de, mesmo tentando ser justo (o que reconheço e aprecio de coração) de ter sido muito desastrado em suas falas. Primeiramente, ao falar que existem “bons evangélicos”, ele consegue apenas citar um nome, o do Henrique Vieira. Acho notoriamente curioso que, num campo de fé gigantesco e com mais de 500 anos de história, incluindo uma forte identificação com os povos indígenas do Brasil (muitos Potiguaras eram evangélicos nada europeisados, uns p*ta herois), o Cristiano só cite um nome, e famoso apenas por ser progressista. Acho curioso que ninguém do Bibotalk, parceiros do Xadrez Verbal (que por sua vez parecem ser parceiros grandes do Medo e Delírio) tenham passado no crivo. Victor fontana, um liberal e acadêmico bíblico, mas que foi um dos maiores nomes defensores do Black Lives Matter e militante antirracista, não conta como “bom o bastante”? E o Davi Lago, um grande nome de um evangelicalismo com posturas políticas saudáveis, também não? Então não basta ser antirracista, não basta atacar constantemente extremismos, misoginia, homofobia, não basta a defesa do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, não basta estar na militância antibolsonarista? Se não for necessariamente progressista ou de um lado muito claro da militância de esquerda, somos um incômodo tolerável, um colega desagradável na tarefa atual?
Também me incomoda grandemente o fato de que o André Mendonça (a quem eu sempre me posicionei contra a indicação, e depois, da aceitação desta, não me entenda mal) seja caçoado por citar Deus repetidamente num discurso, quando uma amostra de gratidão que envolve algo íntimo ao “agradecedor” é algo super natural. Óbvio que incomoda o pouco (quando não nenhum) respeito a extrema direita bolsonarista tem pela constituição cidadã, mas tentar criar uma ponte entre a falta de respeito à constituição deles e o agradecimento à deus de um deles como numa relação de valores opostos é, no mínimo, simplório. Eu sou protestante histórico, meu pai, umbandista, e é assustador pra qualquer militante antirracista ver o número de umbandistas bolsonaristas (sem falar no branqueamento da umbanda pelo kardecismo, mas aí são outros 500).
E bom, vou terminar esse texto, até porque duvido que alguém vá ler, ou ligar, mas meu pessimo temperamento e minha ansiedade não me deixariam em paz quieto. Eu amo, real, o trabalho de vocês. O realismo brutal, quase visceral do programa faz mal aos ânimos, mas traz revolta muitíssimo necessária à tona. Mesmo esse episódio eu realmente achei excepcional, vital e importante. Só espero que seja possível ter uma ponte entre os diferentes polos de pensamento, onde discordar não seja o mesmo que excluir (e a ironia de um evangélico brasileiro, nesse governo, falando de exclusão não me escapa, mas é que é f*da ter que viver na constância de ser o “crentelho” no meio dos anti bolsonaristas e o comuna no meio dos que comungam da própria fé). No mais, muito, muito obrigado pelo trabalho. Me faz um mal do caramba ouvir vocês (estômago de ansioso com ódio é uma desgraça) mas a culpa é do Bolsonaro, então teço profundos eligios e agradecimento. No mais, um abraço, e profunda admiração.
Fernando Gonçalves Leite Neto disse:
Olá à quem estiver lendo (se tiver). Infelizmente, como é de comum à mente humana, comento pela primeira vez, nesse excelente programa que ouço desde o começo da CPI, por discordar de muito do que foi dito. Se eu pudesse dar um subtítulo a esse episódio seria “nem todos são ruins, tem os que concordam comigo!”.
Pra já me explicar, antes que surjam rótulos, sou sim protestante, mas não comento nem por partidarismo de fé, pois na maior parte da minha vida fui umbandista e não gosto de passar pano pra evangélico merdeiro, e não, não sou de direita, sou atualmente dado à social democracia de centro esquerda, e me oponho ao excrementíssimo presidente desde 2014, então não sou bolsonarista. Também não sou um “hater” ou coisa do tipo, amo o programa e sigo podcasts da Central 3 desde 2016.
Bom, vamos aos pontos. Eu admiro muito o Cristiano Botafogo. Acho ele inteligentissimo, hilário, e mescla profundidade teórica com linguagem acessível de forma incrível. Mas neste episódio, admito que muita coisa me incomodou. Não tenho nenhum afeto ao bolsonarismo apenas ódio e nojo [à ditadura], mas isso não impediu o Cristiano de, mesmo tentando ser justo (o que reconheço e aprecio de coração) de ter sido muito desastrado em suas falas. Primeiramente, ao falar que existem “bons evangélicos”, ele consegue apenas citar um nome, o do Henrique Vieira. Acho notoriamente curioso que, num campo de fé gigantesco e com mais de 500 anos de história, incluindo uma forte identificação com os povos indígenas do Brasil (muitos Potiguaras eram evangélicos nada europeisados, uns p*ta herois), o Cristiano só cite um nome, e famoso apenas por ser progressista. Acho curioso que ninguém do Bibotalk, parceiros do Xadrez Verbal (que por sua vez parecem ser parceiros grandes do Medo e Delírio) tenham passado no crivo. Victor fontana, um liberal e acadêmico bíblico, mas que foi um dos maiores nomes defensores do Black Lives Matter e militante antirracista, não conta como “bom o bastante”? E o Davi Lago, um grande nome de um evangelicalismo com posturas políticas saudáveis, também não? Então não basta ser antirracista, não basta atacar constantemente extremismos, misoginia, homofobia, não basta a defesa do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, não basta estar na militância antibolsonarista? Se não for necessariamente progressista ou de um lado muito claro da militância de esquerda, somos um incômodo tolerável, um colega desagradável na tarefa atual?
Também me incomoda grandemente o fato de que o André Mendonça (a quem eu sempre me posicionei contra a indicação, e depois, da aceitação desta, não me entenda mal) seja caçoado por citar Deus repetidamente num discurso, quando uma amostra de gratidão que envolve algo íntimo ao “agradecedor” é algo super natural. Óbvio que incomoda o pouco (quando não nenhum) respeito a extrema direita bolsonarista tem pela constituição cidadã, mas tentar criar uma ponte entre a falta de respeito à constituição deles e o agradecimento à deus de um deles como numa relação de valores opostos é, no mínimo, simplório. Eu sou protestante histórico, meu pai, umbandista, e é assustador pra qualquer militante antirracista ver o número de umbandistas bolsonaristas (sem falar no branqueamento da umbanda pelo kardecismo, mas aí são outros 500).
E bom, vou terminar esse texto, até porque duvido que alguém vá ler, ou ligar, mas meu pessimo temperamento e minha ansiedade não me deixariam em paz quieto. Eu amo, real, o trabalho de vocês. O realismo brutal, quase visceral do programa faz mal aos ânimos, mas traz revolta muitíssimo necessária à tona. Mesmo esse episódio eu realmente achei excepcional, vital e importante. Só espero que seja possível ter uma ponte entre os diferentes polos de pensamento, onde discordar não seja o mesmo que excluir (e a ironia de um evangélico brasileiro, nesse governo, falando de exclusão não me escapa, mas é que é f*da ter que viver na constância de ser o “crentelho” no meio dos anti bolsonaristas e o comuna no meio dos que comungam da própria fé). No mais, muito, muito obrigado pelo trabalho. Me faz um mal do caramba ouvir vocês (estômago de ansioso com ódio é uma desgraça) mas a culpa é do Bolsonaro, então teço profundos eligios e agradecimento. No mais, um abraço, e profunda admiração.