Dia Internacional da Mulher
No podcast desta semana destacamos algumas ações que os clubes de futebol promoveram em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Muito além de presentear com rosas e entrada gratuita aos jogos, alguns times prepararam ações relevantes e que reforçam a mensagem de que suas torcedoras merecem respeito e visibilidade.
Destacamos a ação do Atlético-MG que chamou a atenção para a violência contra a mulher e convidou Maria da Penha Maia Fernandes para simbolizar todas aquelas que sofrem com a violência doméstica e familiar. Alice Quintão, torcedora do Galo e membro da GRUPA (coletivo de torcedoras atleticanas que combate o machismo e a discriminação) falou conosco sobre a participação ativa de mais de 100 torcedoras que se posicionam contra o preconceito e militam por mais apoio e respeito para as torcedoras atleticanas.
Para falar sobre o Manifesto lançado pelo São Paulo Futebol Clube, Renata Damasio nos contou como foi o processo de criação da campanha que pretende ir além do 8 de março e discutir a desigualdade, a discriminação, a violência moral, física, psicológica e sexual ainda sofridas pelas mulheres.
Os primeiros passos do clube são: promover encontros periódicos com torcedoras, oferecer para todas as mulheres conversas com grupos de apoio para aquelas que são (ou já foram) vítimas de violência e viabilizar mais segurança e conforto para as torcedoras no acesso e saída do estádio (diálogo com autoridades e empresas de transporte para mulheres).
Outra ação que ganhou muito destaque foi a criação da Diretoria Feminina dentro do Náutico, em Recife. Tatiana Roma será a diretora deste núcleo e tem como principais missões desenvolver estratégias para reestruturar o futebol feminino do clube e estreitar o relacionamento com torcedoras. A atuação da Diretoria Feminina se divide em três vertentes – esportiva, social e comercial – para atender às mulheres que jogam, torcem e trabalham no meio esportivo.
Como nem tudo são flores, relatamos os casos de agressão verbal, assédio e machismo que aconteceram três dias depois do 8 de março com torcedoras e repórteres dentro e fora do Beira-Rio, durante o Gre-Nal. Outro caso abordado foi o de uma jornalista do Esporte Interativo que também foi vítima de assédio enquanto trabalhava e a pergunta que persiste é: até quando o futebol nos deixará tão expostas a diversos tipos de violência? Só queremos ter nosso direito de torcer e trabalhar em paz, com segurança e respeito!
Tá no ar!