DIBRADORAS #113
É CAMPEÃO!
Nesta semana, o assunto do nosso podcast foi basquete feminino e, aproveitamos a final da temporada da LBF pra comemorar o título do Vera Cruz/Campinas que sagrou-se campeão após derrotar o Sampaio Basquete numa final emocionante de cinco jogos, vencendo a série de virada por 3×2.
A convidada do programa foi a ala Karla Costa, de 39 anos, que tem muita história na modalidade. A jogadora experiente foi uma das grandes responsáveis pela montagem e preparo da equipe para disputar essa temporada da Liga. “Com o fim da parceria entre Corinthians e Americana, trouxemos algumas jogadoras de lá e começamos a equipe do zero. Pintamos quadra, reformamos as tabelas, fomos atrás de parceria e conseguimos montar a equipe e a estrutura em seis meses”, contou. O resultado veio rapidamente com o título e com uma ótima campanha nesta primeira participação da equipe.
Karla nos falou sobre a reformulação da LBF e sobre os desafios para fazer com que o basquete brasileiro possa ressurgir depois de sofrer por anos com a má gestão do esporte. “Era necessário que a liga fizesse o que fez e estão todos de parabéns. O que falta para o basquete brasileiro é investimento na base e fomentar a prática nas escolas”, contou a jogadora que, mesmo com o título conquistado, afirmou que a equipe não recebeu prêmio em dinheiro pelo feito nesta temporada.
Um dos grandes responsáveis pelo ressurgimento do basquete feminino – inclusive com exibições de jogos na TV aberta e fechada – é o presidente Ricardo Molina, que também falou conosco sobre os desafios que enfrentou para encontrar oito equipes participantes para disputar essa oitava edição da Liga. “Fizemos uma transição delicada de 2017 para 2018 porque a estrutura da LBF estava ligada a NBB. Com isso, seguimos ‘carreira solo’ e começamos tudo do zero, nos desvinculando do masculino. Desafio grande em pouco tempo”, afirmou o dirigente.
Para 2019 e 2020, Molina nos disse que já entregou o planejamento das duas próximas temporadas para todos os clubes participantes. “São 9 equipes com preferência para inscrição no campeonato e possibilidade de ter até 12 times participantes. Mudamos o calendário para não competir com o europeu, com isso podemos repatriar jogadoras que estão fora para disputar nosso torneio”, relatou.
Para finalizar, Karla nos contou sobre seu início no basquete, as experiências de jogar basquete na Rússia e na Polônia, histórias das três Olímpiadas da qual participou (2004, 2008 e 2012) e sobre seu pós-carreira. “Já estou em um período de transição e penso em trabalhar como dirigente. Já comecei a atuar este ano na gestão do Vera Cruz e pretendo seguir nessa área. Não tenho saúde para ser treinadora, não”, afirmou.
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