CBB e Copa América
Para o programa de hoje, aproveitamos o embalo da Copa América de Basquete Feminino, que está rolando na Argentina, pra falar da modalidade que por muitos anos nos deu títulos e alegrias, mas que hoje sofre com falta de apoio e descaso por parte das Federações e Confederação.
Em um debate acalorado, discutimos o baixo desempenho da seleção brasileira no torneio (perdendo pra Ilhas Virgens e Argentina) e a falta de investimento e planejamento para que o basquete praticado pelas mulheres ganhe mais notoriedade. Entre os convidados, Fábio Balassiano, jornalista, autor do Blog Bala na Cesta, e Karine Gomes Ribeiro, ex-presidente da Federação do Mato Grosso e que atualmente faz parte do conselho de notáveis da gestão do Guy Peixoto na CBB.
Fábio lamentou a situação que o basquete enfrenta e reforçou o pedido da Federação Internacional de Basquete (Fiba) que suspendeu a Confederação Brasileira (CBB) por conta das dívidas e problemas ocorridos no mandato de Carlos Nunes e exigiu que a entidade olhasse com atenção especial os times femininos como uma das condições para o fim da punição.
Karine, ex-jogadora e a única mulher a participar da nova gestão comandada por Guy Peixoto, ressaltou o esforço que todos os envolvidos na nova diretoria estão fazendo para melhorar o esporte. Citou falta de políticas públicas, o fomento do esporte nas escolas e a falta de material humano como impeditivos para que o basquete cresça e evolua no país. Nos contou que o descaso com o basquete feminino é antigo, vem desde a época em que jogava. Para ela, não é necessário ter uma mulher na gestão para que o esporte feminino seja pensado. “Não acredito que isso seja necessário. Não precisa ser mulher pra pensar no basquete feminino. Todos ali estão envolvidos e querendo salvar o basquete dessa situação”, afirmou.
Por outro lado, Fábio ressaltou o surgimento de novas jogadoras brasileiras e afirmou que a renovação é urgente e necessária. “Temos uma nova geração surgindo, as jogadoras Izabella Nicoletti, a Isabela Ramona e a Raphaella são jovens e precisam ser preparadas pra essa transição. Elas precisam começar a disputar torneios, mesmo que percam. Precisam viajar, se preparar e disputar torneios. Só assim podemos colher frutos lá na frente”.
Tá no ar!