Símbolo da cultura popular brasileira, o cordel – oriundo da palavra “cordão” – remonta aos folhetos de origem europeia. Em Portugal, chamados “folhas volantes” ou folhas soltas”, e, nos Países Baixos, conhecidos como panfletten, os cordéis nada mais eram do que pequenos impressos, folhetos que registravam os fatos cotidianos, lendas e histórias, que davam ao povo um pouco de informação e entretenimento.
No Brasil, o cordel ganha força a partir de Leandro Gomes de Barros, cordelista que inspiraria toda uma linhagem de poetas dos folhetos, na região Nordeste. A história, os causos, a estética e o espírito do povo nordestino podem ser observados nesses livretos, compostos por poesia e artes gráficas.
Mas a literatura de cordel não se restringe ao Nordeste. Rio de Janeiro e São Paulo abrigam cordeltecas importantes, e cordelistas que buscam espaço nas cidades para experimentar novas formas de composição do cordel. Esse é o caso da escritora Jarid Arraes, que esteve no estúdio da Central 3, conversando sobre o tema com as apresentadoras do Ex Libris, Gê Martins e Pri Fernandes. Filha e neta de cordelistas, Jarid é de Juazeiro do Norte, da região do Cariri, no Ceará, e tem mais de 60 cordéis publicados, além do livro de contos “As Lendas de Dandara”.
Convidamos você a ouvir e desbravar com o Ex Libris o território da literatura de cordel.
Crédito imagem: Jarid Arraes