Sem a luta, o futebol fica travado, infértil, impossível
É festa chata (manja?), de rico, pra quem ostenta níquel
Os jogadores tem vergonha até mesmo de suar
Mas não para treinar na sombra, e não conhecer o pior
E não valorizam o melhor, o rico do calor
que não tem a ver com a moeda e seu valor
Mora na dor, no Sol, na luta e na vitória
a essência da honra, do dever e da glória
Das bancadas, não saem mais legítimos apupos e aplausos
Afora seus aparelhos eletrônicos, não cobram, não vibram
Não reagem – as hienas! Lhes roubam dinheiro, paixão
Em troca de anestesia, migalhas e alta conexão
Mas mais apreço pela polícia e pelos Phones é cultivado
Do que pelo uniforme, que já não é o mesmo, feio e caro
Nem mesmo a bancada resiste, tão logo vendida
Até que se erga outra arena, covarde e exclusiva
Nós, aqui, seguimos valorizando resquícios
De nossa agonizante bandeira, perdida em suplícios
Por ti, futebol, Diós, a bola e a luta
Neste mundo recheado de filho da puta
Bom dia