Fronteiras Invisíveis do Futebol

Fronteiras Invisíveis do Futebol #86 Haiti

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Les Grenadiers

Voltamos ao continente americano, indo até um país caribenho que foi colônia da Espanha e pela ação de corsários se tornou a posse mais lucrativa do Império Ultramarino da França, a partir da exploração de açúcar e de café. E de pessoas: centenas de milhares de pessoas escravizadas brutalmente.

Uma revolta negra gera um movimento pela independência de uma república, cujo destino será marcado pelos interesses de grandes potências, sobretudo os Estados Unidos.

Como sempre, fiamos nossa narrativa pelo esporte local, como a ida à Copa do Mundo de 1974, o soft power brasileiro com o recordado Jogo da Paz, em 2004, e os filhos de refugiados que se destacaram em outras modalidades.

Além disso, esta edição conta com a já aguardada coluna de Ubiratan Leal, o Livro, e uma participação especial do diplomata João Ijino, que serviu em Porto Príncipe e compartilhou um pouco de sua experiência na capital haitiana.

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17 comentários em “Fronteiras Invisíveis do Futebol #86 Haiti”

  • Felipe Fetzer disse:

    Ótimo programa, como sempre. Me explodiu a cabeça quando ouvi sobre o Barão Samedi. Alguns dias atrás eu assisti o episódio 19 da 5ª temporada de Supernatural, onde aparecem vários deuses de várias mitologias e aparece o Barão Samedi. Eu não o conhecia até esse episódio. Fronteiras Invisíveis ajudando a entender Supernatural hahahaha.

    • Melhor programa de geopolítica historia e futebol do planeta bola desde que descobri o programa maratonei todos os episódios do amanhecer ao anoitecer porem sinto a falta de um episodio sobre a historia da Moldávia ex republica socialista da União Soviética que ja fez parte da Romênia e hoje e independente desde 1991 porem a mesma tem a triste Alcunha de ser o Pais mais pobre e atrasado da Europa e com desejos da Romênia de voltar ao seu território. Quanto ao episodio do Haiti a miséria atual do pais tem como grandes colaboradores os terríveis Papa Doc e Baby Doc Abraços Felipe e Matias

  • Ótimo programa como sempre!

    Pela primeira vez acho que posso ajudar em dicas, senti falta de citarem outras pessoas nascidas no Haiti ou que são haitianos naturalizados que são famosas (Isso somente de atletas). Foi falado de Japoneses e Americanos, mas faltou especialmente o Canadá que tem diversos atletas importantes que são Haitianos.

    Uma lista dos principais nomes recentes:
    Jennifer Abel – Bronze na plataforma de 3 metros em Londres 2012
    Bruny Surin – Ouro no 4×100 Canadense em Atlanta 1996 (Aqui tem denúncia, todos os 4 eram imigrantes, Surin Haitiano, Esmie e Bailey Jamaicanos e Gilbert de Trinidad & Tobago)

    Mas o maior sucesso de Haitianos Canadense foi no Boxe – Só de Campeões ou ex-campeões mundiais tem: Joachim Alcine, Jean Pascal, Bermarne Stiverne e o principal Adonis Stevenson que é considerado um dos maiores boxeadores da história

  • Ouvindo Fronteiras Invisíveis do Futebol sobre o Haiti e traduzindo o hino nacional francês (“La Marseillaise”). Que imersão na língua francesa, experiência única. Por gentileza, vocês poderiam deixar o nome do escritor haitiano erradicado em Québec no Canadá, que o João Ijino falou? Gostaria de ler algum livro dele no futuro.

  • Olá Filipe e Matias, caso vocês forem repercutir esse comentário, podem pular a introdução.
    Sou Bento, potiguar e músico que trabalha como designer gráfico, acompanho vocês há uns 3 anos, e ACHEI que tinha comentado no episódio sobre pernambuco, no final explico o por quê.
    Nasci em 12 de janeiro, e havia me esquecido de o desastre no Haiti havia me comovido, era meu aniversário de 11 anos e agora me lembro muito bem como isso afetou meu dia e me abalou, em todo o dia só o que falava era disso, e me fez pensar como o mundo está louco, pois já vai fazer 10 anos do ocorrido e parece que o mundo esqueceu, de todos os fronteiras, 3 me fizeram pensar “mas que povo sofrido” foram os haitianos, afegãs e o ruandeses…
    No comentário sobre pernambuco, eu falei do fato de Filipe camarão ser do RN, não de Pernambuco, antes de ser cristianizado ele se chamava Poti que significa camarão, da tribo Potiguar ( comedores de camarão) daqui do RN, ele e sua esposa infelizmente acabaram se tornando heróis por aqui, por seus importantes feitos em apoio aos portugueses ( não pelo fato de ajudarem os portugueses, mas por ajudarem a dizimar outros nativos opositores a eles). Continuem sempre com o incrível trabalho que fazem e muito obrigado pela companhia nas minhas longas jornadas de criação de artes.

  • Ricardo Perez disse:

    Ola Filipe e Matias, eu iria fazer este comentario pelo site do Xadrez Verbas, mas o post nao estava la. Eu recomendaria a todos que ouviriam ao podcast a assitir o documentario da Vox, procurem por “Vox Borders – Haiti/Dominican Republic” no youtube. (Eu iria colocar o link aqui, mas achei que seria bloqueado).

    Esse eh um otimo documentario, e mostra a imensa diferenca de qualidade de vida entre esses dois paises pequenos em uma mesma ilha.

  • Carlos Alexandre Rey Matias disse:

    Matias e Filipe, parabéns mais uma vez pelo programa. Impressionante como as mazelas da escravidão, assim como ocorre no Brasil, deixaram sequelas na sociedade até hoje. A música de encerramento poderia ter sido “Haiti” do Caetano Veloso.
    Se possível falem mais sobre as bandeiras dos países e regiões abordadas.
    Sugiro um episódio sobre a Guanabara! Com a participação do Luiz Antonio Simas.

    • Carlos Alexandre Rey Matias disse:

      Esqueci de comentar que no Rio existe o Viva Rio – Pérolas Negras, time de refugiados que disputa a série B1 do Campeonato Carioca. Não sei se é o mesmo que vcs disseram que participou da Copa SP.

  • Cledson Henrique disse:

    Este é o melhor podcast que existe, une algumas das coisas que mais gosto, História e Futebol, vocês me acompanham sempre no meu trajeto até a faculdade de Engenharia Elétrica. Abraços de Pesqueira – PE.

  • Martha Rebelatto disse:

    Recomendo o livro do Alejo Carpentier “O reino deste mundo” que a revolução haitiana para libertação dos escravizados. É maravilhoso. Abraço

  • Manoel Martins disse:

    Olá Filipe e Matias, sei que soa repetitivo, só que não custa falar: excelente programa, como sempre!

    Só uma curiosidade que vi esses dias no Twitter: o atleta Sylvio Cator, citado por vocês e que dá o nome ao estádio nacional do Haiti, ao qual o Brasil jogou, é o detentor do recorde nacional de atletismo mais antigo do mundo na atualidade, ao qual recém completou 91 anos no último dia 09 de setembro: 7,93 metros no salto distância, feitos em 1928 em Paris. Esta marca também configurou como recorde mundial por mais de três anos.

    Saudações desde Pombal-PB!

  • Olá,

    Eu só queria comentar que sobre o artigo no site da Forbes que o Filipe mencionou. Este artigo, assim como muitos outros semelhantes, é escrito por um colunista independente e não tem nenhuma conexão com a linha editorial da revista propriamente dita.

    Me fica a pergunta de porque a revista Forbes achou uma boa ideia diluir a marca dela desta forma.

  • Olá Filipe e Matias!
    Sobre o surto de cólera e sua relação com a MINUSTAH, os primeiros casos ocorreram em torno desse depósito de lixo que ficava perto de uma base onde estavam soldados nepaleses da missão internacional, e o Nepal passava por uma epidemia de cólera justamente na mesma época. Isso alimentou muito as suspeitas de que soldados nepaleses da MINUSTAH tenham de fato levado a cólera para o Haiti.
    Ainda no tópico “doenças”, acredita-se que o Haiti tenha sido a porta de entrada do HIV para o resto do mundo, principalmente os EUA. No início da década de 1960, muitos haitianos trabalharam na missão humanitária da ONU na República Democrática do Congo, principalmente como professores. Um desses haitianos provavelmente levou o vírus para o Haiti, e ele passou a circular entre a população local – o que explica o fato de o Haiti ser proporcionalmente o país com maior número de pessoas com HIV no continente americano. De lá, provavelmente chegou aos EUA através do turismo sexual (principalmente homossexual, com muitos turistas gays dos EUA visitando o Haiti nos anos 1960 e 1970) e da venda de componentes sanguíneos extraídos de haitianos para hospitais e clínicas dos EUA – sem nenhum cuidado com biossegurança. Quando os primeiros casos de HIV foram descobertos, no início da década de 1980, a população haitiana foi muito estigmatizada e foi alvo de muito preconceito e xenofobia, o turismo no Haiti despencou e Baby-Doc perseguiu duramente os homossexuais haitianos. Quando ainda não se conheciam os meios de transmissão, a AIDS era conhecida nos EUA como a “doença dos 3 Hs”, estigmatizando três grupos de pessoas: haitianos, homossexuais e hemofílicos.

  • Muito legal o programa, pra variar um pouco!

    Quando vocês falaram que há muitos haitianos no Brasil, lembrei do tempo que trabalhei nos aeroportos do Galeão (Rio de Janeiro) e Confins (Minas Gerais). Ambos, aeroportos internacionais atendidos por aquela companhia aérea panamenha que patrocinou o SPFC. Como a companhia na qual trabalhei era parceira dessa panamenha, muitos haitianos vinham com ela e pegavam conexões por aqui. E era bem difícil atendê-los.

    Muitos haitianos eram refugiados. Chegavam no Brasil só falando o crioulo. Quando comecei a trabalhar em aeroporto, esse idioma não estava nem no Google Tradutor para vocês terem uma ideia. A gente recorria aos colegas que falavam francês para tentar um mínimo de comunicação, mas muitas vezes não tínhamos sucesso. Passou-se um tempo e o crioulo entrou no Google Tradutor. Porém, a mulher do Google não fala esse idioma. Só aparece escrito. A última haitiana que eu atendi não sabia sequer ler (olha a complexidade da situação!). Sem saber se eu estava pronunciando direito, comecei a ler o que estava no celular e deu certo. Ela ficou esperando sentada até um funcionário levá-la ao avião certo.

    A gente tinha muito haitiano pegando conexão para Porto Alegre. Não sei, mas imagino que a capital gaúcha tenha uma grande comunidade haitiana por lá.

    E enquanto ouvia o programa, lembrava de um professor de história que eu tive falando (em tom meio jocoso, meio sério) que o Haiti era o país mais pobre do continente porque sua independência foi feita por um escravo. Ele só esqueceu de falar de como França e Estados Unidos sacanearam os haitianos…

    Enfim, grande abraço! Parabéns pelo programa! E quero reforçar o salve aos motoristas de Euro Truck Simulator 2 que ouvem o programa! Ja virei muitas madrugadas cortando as estradas do Brasil (jogo o mapa EAA) enquanto ouvia o programa na minha Scania!

    Lucas Conrado
    30 anos
    Comissário de bordo e podcaster do Feijão Tropeiro e Caderno de Perguntas
    Vespasiano (MG)

  • Guilherme Kundlatsch disse:

    Olá Filipe e Matias,

    Nessa última semana precisei fazer duas viagens de mais de doze horas e aproveitei para conhecer o podcast. Acabei me empolgando e escutei onze episódios, vou precisar ficar uns dias sem ouvir pra desenjoar da voz de vocês. Já conhecia o xadrez verbal, mas fiquei impressionado com a qualidade do conteúdo e com quanto ainda tenho pra conhecer do mundo. Aprendi muito, inclusive sobre regiões que já visitei. O episódio sobre a Tchecoeslováquia foi super legal para entender um pouco sobre a história da minha família (oriunda da Bohemia) e os episódios sobre os Bálcãs finalmente me fizeram entender um pouco a complexa história da região. Fico no aguardo dos episódios sobre Eslovênia e Montenegro pra completar todos os países atuais da região. Também fiquei interessado em entender melhor a história da Albânia, um país bem diferente na Europa e bastante presente nos episódios que fizeram da região.

    Gostaria de deixar como sugestão um episódio sobre a cidade de Sheffield, berço do time mais antigo do mundo e de dois times fundadores da Premier League, o United e o Wednesday. O United inclusive está disputando a Premier League nesta temporada. A cidade desempenhou um papel bem interessante na Guerra das Rosas, na Revolução Industrial e foi alvo de bombardeios alemãs na segunda guerra. As “Regras de Sheffield” ajudaram a criar o futebol moderno, mas eram bastante curiosas: o time que cobrava o lateral era quem buscasse a bola primeiro, você podia segurar a bola com as mãos (“fair catch”) e era permitido empurrar o adversário. Acredito que a história da “Cidade do aço” é pouco conhecida no Brasil e ajuda muito a contar a história do futebol e do mundo, com sua importância na Revolução Industrial e atualmente servindo muito mais como centro intelectual do que fabril.

    Um abraço e continuem o grande trabalho!

  • Filipe Franco disse:

    Bom dia Filipe (grafia correta) e Matias,
    Sou ouvinte assíduo desde 2017 e não perco um Xadrez / Fronteiras.
    Sobre o Haiti e de atletas que são descendentes de haitianos tem o Pierre Garçon, ex-wide reciever o Indianapolis Colts, Washington Redskins e San Franscico 49ers (melhor time). Ele nasceu na Flórida, e fala Francês fluentemente. Ele foi chegou ao Super Bowl XLIV com o Colts, perdendo para o New Orleans Saints. E em 2013 ele foi o líder de recepções da NFL pelo Redskins. Atualmente ele está sem time mas conta como ativo.

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