Os desdobramentos que se seguiram às Jornadas de Junho parecem ter deixado os brasileiros traumatizados com a bandeira do passe livre. À possibilidade de uma conquista radical e importante seguiu-se uma ofensiva conservadora que culminou, cinco anos depois, com a eleição de um governo liderado por fascistas. Na contracorrente, o convidado de Bianca Pyl, Gabriela Bonin e Luís Brasilino no Guilhotina, o jornalista Daniel Santini escreveu um livro que mostra como a tarifa zero continua sendo uma utopia ao alcance das mãos.
Reconhecendo o cenário adverso já no título, “Passe Livre: as possibilidades da tarifa zero contra a distopia da uberização” (http://bit.ly/PasseLivre-Santini), ele relata experiências de transporte público gratuito ao redor do mundo. Desde iniciativas parciais, como o passe livre para estudantes e idosos em diversas cidades brasileiras ou a catraca liberada em diferentes horários e dias da semana em outras partes do mundo, até os municípios que introduziram a tarifa zero no transporte público de forma integral, como Maricá (RJ), a principal experiência nacional, e Talin (capital da Estônia), referência internacional na questão. Tudo permeado pela discussão de fundo levantada pelos movimentos que defendem uma vida sem catracas: a prioridade das cidades deveria ser as pessoas que nela vivem.
Links:
Teresa Pires Caldeira, “Cidade de muros” (http://www.editora34.com.br/detalhe.asp?id=177); “Como a Volkswagen colaborou com a ditadura” (http://bit.ly/Volks-ditadura); Documentário Uberização (https://reporterbrasil.org.br/gig/); Imagens: seguranças da Linha 4 do Metrô de São Paulo (http://bit.ly/seguranças-linha4); e espaço ocupado por carros, bicicletas e ônibus (https://radamesm.files.wordpress.com/2013/04/carro-bicicleta1.jpg).
Trilha:
Gilberto Gil, “Luzia Luluza”; e Yves Montand, “La Bicyclette” (Francis Lai e Pierre Barouh).
Cupom para adquirir o livro com desconto no site da editora Autonomia Literária: guilhotina.