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Em tempos de Copa do Mundo, os panelistas fogem da realidade e comentam a fase de grupos do Mundial da Rússia e os jogos que marcaram suas vidas. Mas, como não só de gritar gol vive o brasileiro, também comentam a ignorância e o machismo que a classe média tupiniquim exportou para a terra de Lênin, Trotksy e Stálin.
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francisco das chagas sousa lima disse:
Grande programa…A torcida Colombiana está dando show amarelando os estádio ..abraço em todos.
Demétrius disse:
Excelente programa.
Gosto mesmo de ouvir a pistolagem de vocês.
Concordo com quase tudo, mas gostaria apenas de problematizar a queixa de um comentarista (Não lembro de quem) quanto à mudança da capital do Rio para Brasília. Se não me engano um comentarista disse há alguns episódios que “se fosse no Rio de Janeiro, o governo temer tinha caído porque o rio tem muita gente e faz muito protesto”.
De um lado está errado porque há protestos enormes em Brasília como em qualquer outra cidade. Leiam sobre o badernaço (1986), numa época onde a modernista Brasília (arquitetura do controle social) não tinha nem um milhão de habitantes e houve caos urbano, como continua ocorrendo.
Do outro lado está errado porque São Paulo e Rio de Janeiro, as únicas cidades maiores que Brasília não são exemplos de maturidade política nem para Brasília, nem para lugar nenhum. São cidades cuja população é tão alienada quanto a de Brasília, ou os protestos no Rio derrubaram os corruptos e resolveram todos os problemas da cidade?
Temos um bairrismo inconsciente em são Paulo e Rio apoiado por argumentos que não se sustentam. Na versão mais polida falam do tamanho de ambas as cidades e respetivas forças políticas, econômicas e culturais, e na versão mais crua fica por conta da imigração européia que “civilizou” o sudeste.
Sintam-se livres para responder ou não. Vou continuar apoiando o programa e segue meu abraço
Caio Bellandi disse:
Fala Demétrius.
Essa discussão é ótima, e acho seu argumento válido. Acontece que, de fato, construir uma capital no deserto é só para afastar do povo mesmo. Não há outra explicação factível. E isso aconteceu.
Mas, obviamente, não dá para cravar que uma pressão maior se fosse em São Paulo ou no Rio mudaria as coisas.
Somente acho que ganharia visibilidade. Você citou esse exemplo aí, mas são poucos os demais exemplos de mobilização popular, de movimentos sociais sérios, de base, que passem das 100 mil pessoas na capital. Ou pelo menos, não chegam para nós do eixo Rio-SP.
Obrigado pela audiência e grande abraço!