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Recebemos a professora Tatiana Roque para falar sobre os desafios da esquerda e como o campo progressista pode se organizar no atual momento do país. Também na pauta, a abertura do pedido de impeachment contra Marcello Crivella e suas implicações políticas. E, claro, no Momento Saramandaia, a interação entre Eduardo Paes e o Lado B do Rio no Twitter.
Música de encerramento: Moacyr Luz – Saudades da Guanabara
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Lucas Faria disse:
Com muito custo ouvi o episódio e, permito-me fazer algumas considerações. A fala da convidada chama atenção logo no início, ao alegar que as instituições não estão funcionando e que é necessária uma “frente democrática”.
Eu acho que as coisas no campo da esquerda e no famigerado “campo progressista” estão extrapolando a ingenuidade e chegando a idiotice.
Como alguém, nesse estado das coisas, consegue dizer que as instituições não estão funcionando?! A polícia, e agora o Exército (obrigado Lula e Dilma por tirarem os caras da faxina e botar na rua pra garantir Copa e Olimpíadas) não estão aí na rua matando e massacrando os filhos da classe trabalhadora? O judiciário não está sendo parcial? O parlamento não está sendo um covil de ladrões e servindo de gabinete de resolução política da classe dominante? Então qual a supresa no papel das instituições? A não ser que alguém aqui ainda ache que o Estado é um ente neutro que serve de mediador e promotor da “paz social”. É óbvio que deve-se denunciar os abusos por parte dos agentes do Estado, até para mostrar seu caráter para a classe trabalhadora, mas daí até achar que essas instituições não estão fazendo seu papel? Polícia, judiciário e parlamento existem pra que? Pra promover o bem comum? Só se for nos devaneios da bolha universitária.
Sobre a tal “frente democrática”. Como alguém pode achar que o fruto de um projeto financiado pelo dono da Ambev, pelo Luciano Huck e pelo Armínio Fraga pode ter outro objetivo do que o de colocar em prática um projeto de privatização do ensino público? Por trás de um, num primeiro e ingênuo momento, belo discurso, não há nada além da exigência de um tecnicismo burocrata onde, se investigando a interlocutora, no caso a nova estrela do tal “campo progressista” Tabata Amaral, se possa ter os dados necessários para dar nossas universidades para seus próprios mecenas.
O que foi feito da nossa parte nas últimas décadas não foi nada além de se debruçar em fazer frentes e acordos com representantes da outra classe com fins de conseguir a qualquer custo alguma pseudo vitória institucional e o que deu nisso tudo no final? Por que ao invés de repetir o último ciclo não se procura compor alianças e compromissos de forma autônoma e classista, com organizações que estejam imbuídas em incutir na classe a ciência do proletariado e ter um ganho real? A estratégia da “frente ampla” já foi tentada, numa jogada de frente pros acordos palacianos e de costas pra rua.
Enfim, espero que um dia o tal campo da esquerda avalie o que está fazendo e pelo menos tenha a decência de saber onde está e com quem está lidando.
Lucas Faria disse:
Lembrei-me que no meu último comentário esqueci de dizer que também ultrapassa a ingenuidade achar que é possível se aliar e dar voz para grupos financiados, como no caso da Tábata, pela Ambev, pelo Luciano Huck e pelo Armínio Fraga e achar que é possível disputá-los. Ou ainda achar que é conveniente dar palco para eles e não ser absorvidos depois.
Obrigado!