Mi Noche Triste

Want create site? Find Free WordPress Themes and plugins.

Por Felipe El Biglia de la Gente Dominguez

Os ventos uivantes me despertavam de uma noite amarga, de despedida, choro e vazio no peito. Os legados de um amor mapuche refletiam na limonada morna em jejum, um pedaço de alho cru e o tango de Aníbal Troilo.

O almoço, regado a arroz, frango e polenta frita, trazia enfim, uma prévia ideal para a jornada de Copa América. A semifinal, com cara de decisão no Uruguai, também tinha espaço de nossa atenção e aprecio. O Nacional já vencia o Peñarol por 2 a 0, com gols de Fernandez e Ivan Alonso, quando teve inicio as atividades do Grupo C da Copa América. A Venezuela, cada vez menos vinho, com um uniforme que mais parecia a da seleção espanhola, impunha um jogo físico, muito bem coordenado por Noel Sanvicente com duas linhas de 4 que pressionavam a saída de bola, anulando o jogo de passes da Colômbia.

Venezuela 1 X 0 Colômbia

 

O primeiro tempo transcorria, ao passo do mate, com o vento uivante à todo vapor. La Vinotinto seguia tomando o campo com Tomas Rincon e Seijas pressionando a 3/4 do campo, fazendo que os 60% de posse do rival fosse desenrolado em seu próprio campo, bem longe da meta de Baroja. James e Cuadrado pouco participavam do jogo, pois a saída cafetera era na base de chutões de Jeison Murillo e Cristian Zapata. Valencia, Carlos Sánchez e James eram pressionados, errando inúmeros passes; Armero e Zuñiga se projetavam pouco, sempre custodiado por Vargas e Alejandro Guerra, os extremos bolivarianos. Não seria surpresa ver a Venezuela na frente. O gol, em linda trama de Arango e Guerra, foi concluído pelo artilheiro Salomón Rondón, de grande temporada no Zenit. A Colômbia, aburguesada pelo último Mundial, entrou em campo com um espirito de amistoso, aceitando a proposta venezuelana que tirava de ação seu quarteto ofensivo com James, Cuadrado, Falcao e Bacca. Pekerman precisa rever o ultrapassado 4-2-2-2, rechear seu meio campo com Edwin Cardona, Alexander Mejía, e quem sabe, abrir mão da utilização de dois volantes centrais e dois centroavantes. Quarta contra o Brasil veremos o que pretende o professor argentino. A Venezuela festeja ao som de Hugo Blanco, grande nome da musica popular venezuelana, falecido neste final de semana. Seu hit “Moliendo Café” seguirá presente em todas as canchas do continente.

Confesso ter perdido o desenlace do confronto norteño para ver o coronário final do clássico charrua. Uma batalha épica, com o Peñarol destroçado e inferior, buscando um empate agônico, a puro huevo, com dois gols do volante Luis Aguiar. Na prorrogação tivemos de tudo: o gol tricolor, a chuva de cadeiras na Tribuna Amsterdã, o penal perdido por Chino Recoba e a volta olímpica do Nacional antes da hora, causando a justíssima ira carbonera.

Foi então que, sob as gastadas previas de Ricardo El Charri Fernández del Águila me posicionei para ver a opaca estreia da burocrática seleção de Dunga. O Peru, no conciso e corajoso 4-2-3-1 de Gareca, abriu o placar em bisonha falha de Jefferson e David Luiz. O zagueiro virgem, novamente rubricando sua insegurança que fez Mourinho desprender de seus serviços no Chelsea. O Brasil no 4-4-1-1 empataria na sequencia, com infiltração inteligente de Neymar entre Zambrano e Ascues. Dunga, que mantem o padrão burocrático de Mano Menezes e Scolari, se distingue pela nova formação no meio, sacando Neymar da ponta esquerda, dando liberdade ao jogador do Barcelona flutuar, sem posição fixa, por todos os setores do meio e ataque, quase sempre às costas dos volantes rivais. No mais, uma entressafra destilada por jogadores nota 5 e um seleção que cede a bola aos rivais em busca do contra-ataque e dos lampejos de Neymar. Pouco, muito pouco. Dunga, sem currículo e poder intelectual para empreender uma mudança conceitual, faz o mais do mesmo, enganando publico e critica sedentos por êxito e números puramente estatísticos. O gauchismo segue como o antidoto a Weges 2006, com 9 anos de vitorias mornas e futebol burocrático. O Peru mostra evolução, com boas escolhas de Gareca, jogando de igual pra igual com o Brasil, finalizando o cotejo com mais posse de bola, apesar da derrota no ultimo lance em nova desatenção da defesa albirroja.

Peru 1 X 2 Brasil

Did you find apk for android? You can find new Free Android Games and apps.

Posts Relacionados

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar algumas tags HTML:

<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>