Muito Mais Do Que Futebol

Muito Mais do que Futebol #24 Inglaterra, Turquia, Fortaleza, Catalunha e Coreia

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Com os pés em muitos lugares e as mãos em alguns vespeiros, Lúcio, Mauro e Leandro chegam com edição nova do MMDQF. Na pauta, o racismo em Bulgária x Inglaterra, os gestos pró-militares da seleção turca, a fala de Guardiola pró-Catalunha, o bizarro jogo que ninguém viu entre as Coreias, o St Pauli que demitiu seu atleta turco, a ação do Fortaleza contra torcedores mistos… Muita coisa na pauta!

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4 comentários em “Muito Mais do que Futebol #24 Inglaterra, Turquia, Fortaleza, Catalunha e Coreia”

  • Mauro completamente equivocado na sua análise dos “mistos”, só faltou falar em xenofobia reversa – é de cair o cu da bunda … o programa é “Muito Mais Do Que Futebol” e ele parece se esquecer disso no comentário, torcer é IDENTIDADE e é consequência de quase tudo o que nos rodeia (o poder midiático e violência simbólica do preconceito regional no país, p.ex.) – lembro de Argentina x Itália em 90 em que Maradona conclamou os napolitanos a torcerem por ele contra o país – o preconceito norte x sul na bota é semelhante ao dos sudestinos com o NE aqui.

    Reclamar de ‘mistos’ é valorizar o seu e reivindicar a importância de se torcer no estádio, a campanha não é para fazer o flamenguista ‘paraíba’ (!) virar a casaca, mas marcar posição. Mauro falou muito mais como um relações públicas do Flamengo (cada vez mais ele assume esse comportamento). Debate ficou incompleto sem a opinião de um torcedor de fora do eixo RJ/SP.

    abçs

    • Vim complementar após ler um comentário antigo de Mauro Cezar em que ele fala mal de torcedores ‘modinha’ – aqueles que torcem para europeus. A mesma lógica que ele usou nessa comparação parece ser esquecida agora… curioso que a mudança significativa nos casos foi o clube envolvido, o que só reforça a percepção que ele vem passando cada vez mais, o que não confere demérito algum, desde que seja explicitada e não acompanhe julgamento de quem também o faz. Acredito que o JORNALISMO admita o principio do contraditório, ou assume-se logo que futebol é entretenimento apenas.

      No campo (locus de relações sociais) do futebol existem diferentes níveis de reconhecimento, de acordo com o grau de importância do capital que cada clube possui – quanto mais títulos, estrutura e qualidade dos jogadores, maior o reconhecimento que clube e torcida tem em relação aos demais. O futebol fora do eixo (no caso não apenas RJ/SP, mas fora das cotas fixas para times do clube dos 13 também) ocupa uma posição periférica e dominada. A questão vem a ser de clube como mercadoria – alguém afirmar-se são-paulino, vê a si mesmo e espera ser reconhecido como vencedor em proporções internacionais (narcisismo de grupo), o ferroviário atlético clube compartilha as mesmas cores e o escudo é bem semelhante, mas carrega outra carga simbólica bem divergente da do clube paulista p.e.x. – as noções de símbolos de prestígio ou de estigma de Goffman cabem nesse paralelo, na verdade essa discussão vai até mesmo na construção do nordeste (ja dizia o poeta cearense belchior que nordeste é uma ficção)… espero que voltem a abordar a questão, já que só vem a pauta quando a pancada vem daqui (e já dizia o maranhense adelino nascimento que “quem bate nunca se lembra, quem apanha jamais esquece” hahahah)

      abç

    • O Mauro acredita que conseguirá manter a credibilidade ao mesmo tempo em que se encaminha para ser o “Neto do Rio”, um “Neto intelectual”… no que diz respeito a ser visto ele está se saindo bem mas a credibilidade está indo por água a baixo… Haja fragilidade emocional… E o veto a fala do Iamin em programa anterior nem comentado é… Momento Waldemar vai pro Mauro em 2019, ficou bobo…

  • Mauro, sou super fã do seu trabalho e por isso mando essa mensagem. Espero que você veja.
    Entendi seu raciocínio sobre a pergunta a respeito da etnia no preenchimento de formulário do NHS, mas ela é de importância enorme para as práticas de cuidado à saúde (prevenção e tratamento) e produção de conhecimento que as alimentam. A incidência de determinadas doenças variam segundo a etnia, sem contar as que se relacionam com as condições sociais de vida e que orientam políticas, demandas por atendimento adequado etc. O registro dessa informação é importante não só na saúde, mas em muitas áreas de política pública. Em muitos casos foram, inclusive, resultado de muita persistência e militância dos movimentos sociais, em especial o movimento negro.
    Declarar, registrar, reconhecer sua própria origem étnica em qq situação – como no sistema de saúde – é um ganho. Ruim e abjeta (prá te citar) é a não valorização, o preconceito e a violência que a diversidade ainda gera e nisso não há nada de resquício. É, infelizmente, de atualidade gritante, como o caso que gerou o comentário prova.
    Abraço para o trio do programa!

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