Ainda que não gostemos de admitir, o futebol anda em alta nos Estados Unidos. Com boas atuações da seleção nas últimas Copas do Mundo e o estabelecimento de uma liga competitiva parece que o esporte finalmente vai conquistar o seu lugar no coração dos americanos.
Não à toa, Flavio Augusto, antigo dono da rede de escolas de inglês Wizard, recentemente fundou o Orlando City e contratou Kaká como sua primeira estrela. Mas o Orlando não é a única novidade boa por lá.
O LA Galaxy (antigo time de Beckham e Landon Donovan) adotou uma iniciativa interessante para os seus torcedores. Quando o estádio lota, o time comercializa ingressos em um gramado alto próximo ao estádio de maneira que o fã pode ver o jogo de maneira mais relaxada.
Já o Seattle Sounders abriga uma média de 60 mil torcedores por jogo apesar da concorrência intensa das fortes equipes de outros esportes da mesma cidade como o Seattle Seahawks (futebol americano).
Podemos encontrar diversos outros exemplos além desses que servem para demonstrar como o americano tem habilidade para tornar quase tudo mais atrativo comercialmente. Ao assistir uma partida de futebol americano, John Lennon afirmou que o evento fazia com que shows de rock se parecessem como chás de bebê!
Voltando ao esporte bretão, esta não é a primeira vez que o futebol ameaça decolar na terra da liberdade. Na década de 70, empresários influentes decidiram criar uma liga de futebol impactante dando origem à simpática NASL (North American Soccer League).
A maioria dos brasileiros conhece a história já que um dos principais times da liga batizado de New York Cosmos contratou ninguém mais ninguém menos do que Pelé. Na carona do Rei outros jogadores renomados desembarcaram no Cosmos como Beckenbauer, Chinaglia e Carlos Alberto e no embalo do Cosmos formaram-se outros times folclóricos como o Los Angeles Aztecs de George Best e Johann Cruyff e o Fort Lauderdale de Gerd Muller.
Além de contar com jogadores famosos, a NASL era um verdadeiro espetáculo à parte com torcedores eufóricos, transmissões empolgantes e até cheerleaders! A necessidade de cativar o novo público era tanta que os americanos inventaram até mesmo um novo tipo de disputa de pênaltis para quando qualquer jogo da temporada regular terminasse empatado (após 1975). O sistema era baseado no hockey: O jogador deveria conduzir a bola do meio campo até próximo ao gol e estufar as redes em até cinco segundos. A maioria dos jogadores pouco habilidosos e conservadores optava por tentar acertar o canto rasteiro, mas existiam exceções. Em sua estreia nos chamados shoot-outs, o magnífico Carlos Alberto supreendentemente decidiu encobrir o goleiro.
Esse tipo de decisão por pênaltis parece estranha à primeira vista, mas diversas regras foram alteradas drasticamente no futebol no decorrer dos anos. Antigamente não existia travessão ou cartões, a vitória já valeu dois pontos e o goleiro podia cometer uma infração chamada sobrepasso.
Se refletirmos sobre os alternativos penais americanos, podemos enxergar um método de cobrança que envolve mais habilidade, autenticidade, personalidade e muito menos sorte do que o formato vigente.
Apesar de todo o tino estadunidense pelos negócios, a NASL durou apenas dezesseis anos. A partir de 1980, recessão econômica atingiu os donos de times em cheio e os salários astronômicos das estrelas tornaram-se proibitivos. Os conflitos entre os times e o sindicato dos atletas era frequente e simultaneamente a liga enfrentava dificuldade para encontrar novos patrocinadores e via a popularidade da liga decair frente ao sucesso instantâneo da recém formada liga de futebol indoor.
No final, tanto a NASL como as cobranças alternativas de penalidades ficaram relegadas ao ostracismo deixando alguns sonhadores pensando em como o mundo futebolístico seria diferente se os Estados Unidos mantivessem uma liga forte e os penais fossem batidos como no Hockey.
Hoje em dia, a MLS se apresenta como uma nova oportunidade do futebol vingar nos Estados Unidos representando tudo o que a NASL foi no passado, mas tendo uma continuidade que a sua irmã mais velha nunca teve.
Porém infelizmente nunca saberemos como Messi, Cristiano Ronaldo ou Neymar bateriam um pênalti caso pudessem conduzir a bola do meio campo saindo cara a cara com o goleiro.
FERNANDO tORO disse:
claro q algo q é praticado ha quase 200 anos teve varias mudancas. temos q enteder quais foram pro bem do jogo e quais ajudaram a fode-lo e deixa-lo aos cacos como esta hj…por isso, digo que felizmente, memso q se os tais neymar, messi e lovely cris batessem os tais “penais mcdonalds” eu nao veria. bom dia.