Recebemos nosso amigo Gustavo Rebello para comentar das novidades no Estado da Flórida, um dos locais que pode decidir as próximas eleições dos EUA, em 2020, além de um breve giro pelas notícias internas do país.
Fomos até a Espanha, onde o PSOE de Pedro Sánchez conseguiu uma grande vitória eleitoral; passamos pelos números, ganhadores e perdedores. Também giramos pela Europa, da “espiã caviar” ao norte até o Cazaquistão.
E claro, repercutimos os últimos acontecimentos na Venezuela, com mais embates de apoiadores de Guaidó e Maduro nas ruas. Saiba quem são os demais atores envolvidos, a cronologia dos fatos e os cenários futuros!
Domingo de Páscoa sangrento no Sri Lanka, com centenas de mortos após uma série de atentados sincronizados. O que aconteceu, quem é o culpado, qual o contexto político do país e o que podemos aprender e debater com esse trágico evento?
Fomos até Vladivostok, para a cúpula entre Kim Jong-un e Vladimir Putin, com alfinetadas aos EUA. Também passamos pelo Oriente Médio, antes de cruzar o Mar Negro em direção à Europa, onde a Ucrânia tem um novo presidente, a Espanha enfrentará eleições e outras notícias do Velho Mundo.
Semana tensa no noticiário internacional! Na Síria, mais uma denúncia de uso de armas químicas contra a população civil. Troca de acusações entre Ocidente e Rússia e a pergunta: quem foi o (ir)responsável pelo ataque? Tudo isso seguido de escalada da retórica e da presença militar das potências na região, com a possibilidade de um ataque pelos EUA e seus aliados contra o regime Assad, protegido pelos russos.
Por conta disso, Trump cancelou sua presença na Cúpula das Américas, que ocorre neste final de semana em Lima, no Peru. Outras ausências serão sentidas e outros problemas na região são repassados no programa. Viajamos pela Europa, da Irlanda até o Azerbaijão, comentando a vitória de Orbán na Hungria, e também giramos pelo mundo, dando uma passadinha em Vanuatu.
O mundo inteiro foi pego de surpresa, menos os nossos ouvintes, com as negociações entre Pyongyang e Washington, e o aceite de Trump para se encontrar com Kim Jong-Un. Levantando a placa de “eu já sabia”, Filipe Figueiredo e Matias Pinto chegam em mais uma edição da sua revista semanal de política internacional em formato podcastal. Além dos temas com as Coreias, também passamos pela situação interna aos EUA, com a taxação do aço e a saída de mais um membro do gabinete presidencial.
De lá, cruzamos o Atlântico e fomos até a Itália, onde o Movimento Cinco Estrelas foi o partido mais votado nas eleições para o parlamento. Porém, a coalização que liderou foi a centro-destra. Quem vai poder formar o governo? Nem o presidente italiano sabe.
Em 2015, a Europa celebra os 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Enquanto que a bandeira vermelha flamejava no Reichtag e os estadunidenses apresentavam o chiclete aos europeus, alguns homens ligados ao Futebol também estiveram presentes do maior conflito armado, em números absolutos, da História. Alguns sobreviveram, já outros….
1 – Antoine Raab
Antoine Raab, jogador alemão contratado pelo clube francês Stade Rennais, abdicou de participar da mobilização do exército alemão em 1939. A partir da corajosa negativa, uma longa aventura começou para o jogador que, com documentos falsificados, fugiu para a cidade de Nantes onde se escondeu por toda a guerra trabalhando ao lado da Resistência.
2 – Jaap van Praag
O futuro presidente do Ajax, do grande Johann Cruijff, teve que se esconder durante os 6 anos de ocupação alemã para escapar da persecução antissemita. Com muito mais sorte que Anne Franck, Japp salvou-se, porém nunca mais reencontraria seus pais e irmã, executados em Auschwitz. Vale lembrar que o clube holandês sempre teve forte identidade judaica e Jaap é um exemplo emblemático.
3 – Vassili Boutoussov
Um destino bem estranho. O jovem Vassili, do clube Ounitas, de São Petersburgo, atuava na seleção imperial russa nos Jogos Olímpicos de 1912. Durante a guerra civil, ele lutou ao lado do Exército Vermelho. Não muito agradecida, a União Soviética de Stalin prendeu o atleta durante 1 ano por ter supostamente participado de um dos inúmeros complôs imaginários, através dos quais, o regime utilizava como arma para colocar o terror na população. Durante a Grande Guerra Patriótica, ele novamente pegou o fuzil para defender a pátria mãe como comandante adjunto (com o grau de engenheiro militar) no 333º batalhão do front de Leningrado. Foi capturado pelos alemães e preso em um campo de concentração em Nuremberg. Foi libertado pelas tropas aliadas no dia 25 de abril de 1945. Vassili é um belo e triste resumo da história da URSS.
4 – Fritz Walter
Ídolo do Kaiserlautern, o craque Fritz teve que dar um tempinho na sua carreira para participar dos anseios expansionistas do III Reich. Foi na Lorena, ocupada pelos nazistas, que Fritz Walter conseguiu achar um tempinho para dar alguns chutes no Thionville FC. Transferido para lutar na Córsica, Sardenha e por fim na Ilha de Elba, Fritz acabou sendo capturado pelo Exército Vermelho. Conseguiu escapar da morte graças à sua fama futebolística. Quase dez anos depois da guerra, ele seria um dos lideres do orgulho alemão retomado, graças a vitória inesperada da Nationalmannschaft contra a fortíssima seleção húngara, em 1954.
5 – Tofik Bakhramov
Tofik era um clássico cidadão soviético. Ex-jogador do Neftchi Baku, ele sobreviveu às purgas stalinistas da Grande Guerra Patriótica, na qual deixou passar seus mais lindos anos, como muitos jovens de sua geração (a URSS pagou o maior tributo humano na Segunda Guerra Mundial, foram 26 milhões de mortos contra 400 000 estadunidenses). Ferido, ele virou árbitro de futebol, logo após a chegada da sonhada paz. Sua carreira chegou ao auge quando apitou a final do Mundial de 1966, entre Inglaterra e Alemanha, validando o famigerado gol, ilegítimo, de Geoffrey Hurst. As más línguas dizem que o gol serviu de vingança pela sanguinolenta batalha de Stalingrado.
6 – Stanley Matthews
Jogador emblemático do Stoke City, Stanley foi voluntario da Royal Air Force se instalando na base área ao lado de Blackpool. Ele conseguiu defender seu ex-clube assim como no Blackpool, onde estava sediado. Ele jogou também pelo Arsenal (com o elenco diminuído por conta dos esforços de guerra) numa partida contra o Dínamo de Moscou em 1945. Neste jogo, diz a lenda que os soviéticos venceram o jogo com 12 jogadores em campo.
7 – Absjörn Halvorsen
Bom jogador norueguês do HSV Hamburgo, decidiu voltar para casa em 1933, ano da chegada de Hitler ao poder. Ele treinou a sua seleção nacional ganhando uma medalha de bronze em Berlin, em 1936. Em 1940, a Noruega foi invadida pela Wehrmacht. Absjorn organizou o boicote esportivo e as autoridades alemães não esqueceram disso. Voltou bem debilitado dos campos de concentração. Pendurou as chuteiras mas não abandonou o futebol, se tornando o presidente da Federação Norueguesa.
8 – Akira Matsunaga
Nos anos 30, o futebol japonês dava os seus primeiros passos. O jovem Akira vestia a camisa da seleção imperial durantes os Jogos Olímpicos de 1936, em Berlin. O grande destaque foi a vitória inédita diante da seleção sueca. Chamado para lutar no Pacífico, Matsunaga morreu na tenebrosa batalha de Guadalcanal em 1942. Um dos piores combates do front oriental.
9- Milutin Ivković
Lateral direito do SK Jugoslavija e depois do BASK Belgrado, Miluton esteve presente nos Jogos Olímpicos de 1928 e depois no Mundial de 1930, quando os iugoslavos terminaram na quarta colocação. Jogador engajado e patriota, liderou o boicote aos Jogos Olímpicos a serem disputados em Berlim. Durante o conflito armado se juntou a resistência comunista e foi preso no dia 24 de maio de 1943, em Jajinci, e posteriormente fuzilado. Herói dos partizans, ficou pra sempre na memória do povo da extinta Iugoslávia.
Posts Relacionados
6 de março de 2022
As melhores músicas (internacionais) de (meu) 2021