Agora tá valendo!

Começaram as filmagens do documentário Som das Torcidas, temporada paulistana. O meu podcast preferido da Central 3 vai migrar do áudio para o vídeo. Além de ouvir e conhecer as músicas cantadas pelos torcedores, em breve você também poderá assistir ao que os fanáticos cantam nas arquibancadas.

Sob a direção de Pedro Asbeg (Democracia em Preto e Branco e Geraldinos), o trio implacável de centralinos  – Leandro Iamin, Matias Pinto e Paulo Junior – começou a epopeia na capital paulista. O tema da serie serão os cinco principais clubes da “cidade da garoa”: no caso, Corinthians, Juventus, Palmeiras, Portuguesa e São Paulo.

O “Muleque Travesso” foi o piloto e o ponto de partida da nossa aventura.

Rua Javari

Neste final de semana, filmamos na Associação Portuguesa de Desportos.

Leandro Iamin e Paulo Junior

No sábado, pela manhã, entrevistamos Felipe Higino, um jovem apaixonado que trabalhou no Lusa News e agora é membro da comunicação do seu time do coração.

higino

Logo depois, dentro do Museu, entrevistamos Luiz Nascimento, jornalista da CBN, louco pela Lusa. Luiz é também coprodutor dos documentários O Fado da Bola Ataque Iê Iê Iê – O quinteto da Lusa que rodou o mundo. Falou da torcida, das músicas, do Canindé, dos ídolos do passado e terminou cantando o fado.

luiz

Pela tarde, depois de uma bela bacalhoada no bar do clube, fomos recebidos pelos simpáticos Leões da Fabulosa em sua sede. Entre uma bagaceira e outra, Marquinhos da bateria falou da organizada e claro dos cânticos de sua claque.

marcos

Guile, o presidente, chegou um pouco depois e todo animado se juntou aos demais leões para cantar as músicas que embalam os adeptos no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte.

leoes

No domingo, cedinho, fomos direto para a sede da organizada. Carne na brasa e cerveja gelada recepcionavam o esquenta para o jogo das 11h contra o Guaratinguetá, pela Série C do Campeonato Brasileiro.

Bateria afiada e a esperança no coração, a torcida veio em bom número para alentar a camisa verde-encarnada com a expectativa de voltar a incomodar os chamados “grandes”.

bateria

Depois da vitória da Lusa por 2 a 1, entrevistamos o jornalista mais fanático da colônia. Flávio Gomes, com sua verve afiada, nos brindou com uma boa prosa sobre sua longa experiência nas arquibancadas e suas músicas prediletas.

fg

De tanto esperar Dom Sebastião, o duro fardo de aspirar o retorno à elite do futebol não parece ser tão complexo. O amor e a tradição falam mais alto.

Ouvimos músicas celebrando os velhos ídolos, cantos xingando a CBF – é claro! – e um fado lembrando que ali sempre será uma casa portuguesa, com certeza.

Ali, no Canindé, ficou bem claro “que tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, como já declamava outro patrício.

lusa

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Profissionais

Santos e São Paulo voltarão a se enfrentar na Vila Belmiro, em partida válida pela semifinal do Paulistão. Há mais de 80 anos, no dia 12 de março de 1933, a dupla SanSão deu o pontapé inicial do futebol profissional no Brasil em amistoso realizado no mesmo palco do confronto do próximo domingo. Na ocasião, os visitantes venceram por 5 a 1 com gols de Arthur Friedenreich, Waldemar de Brito (2x) e Araken (2x). Logu descontou para os mandantes.

Folha da Manhã

 

Recentemente as duas agremiações demitiram seus treinadores, prática mais do que comum nas oito décadas de profissionalismo, por divergências entre técnicos e planteis. A resposta dos jogadores é padrão: “somos profissionais, respeitamos o trabalho do professor”. Porém, após as saídas de Enderson Moreira e Muricy Ramalho, os “profissionais” de Santos e São Paulo, respectivamente, mudaram de postura.

A notícia da saída do agora ex-treinador santista foi comemorada por Robinho e seus parças pelo WhatsApp. Já as duas derrotas seguidas, fora de casa, para San Lorenzo e Botafogo de Ribeirão Preto revelaram a desunião do elenco e que Muricy já não tinha mais o apoio de seus comandados, diferentemente da bravata repetida aos microfones: “Vamos jogar por ele”. O momento delicado do clube e também da saúde do treinador, abreviaram sua terceira passagem pelo Tricolor .

A solução imediata para santistas e são-paulinos foi o interinato de velhos conhecidos das duas torcidas. Marcelo Fernandes, escoltado por Serginho Chulapa, assumiu o CT Rei Pelé e foi efetivado no cargo com 8 vitórias, 2 empates e 1 derrota. No Morumbi, Milton Cruz foi testado pela 13ª oportunidade (28j, 14v, 6e, 8d) em 16 temporadas consecutivas como membro fixo da comissão técnica do São Paulo.

Poucas mudanças foram observadas no trabalho dos interinos em relação aos seus antecessores. Não houve tempo hábil para um “choque de gestão”, lançando mão do vocabulário corporativo. Então, como os resultados apareceram em tão pouco tempo? A substituição de apenas uma peça na cadeia de comando já é o suficiente para melhorias?

A hierarquia dentro do futebol brasileiro ainda obedece a uma lógica paternalista e os jogadores são treinados desde cedo para reproduzir este ambiente. Qualquer crise na “família” é respondida com “castigo” ou afastamento do “pai”, no caso o treinador. Se levarmos em conta que os futebolistas são uma das categorias mais divididas, em meio aos mais diversos interesses em jogo, não é de se espantar que ainda existam tantos maus profissionais dentro de campo.

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