Após um final de semana dedicado à Portuguesa e o seu Canindé, nesta terça chegamos à Praça Charles Miller – homenagem ao “pai” do futebol paulistano, segundo a História Oficial – em frente ao Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho; “o seu, o meu, o nosso, Pacaeeeeembuuuuu” para trocar uma ideia com a corintiana Leonor Macedo – acompanhada do seu filho – que comentou sobre as três fases de cantos da Fiel, na sua visão, além de temas delicados como machismo e palavrão nas arquibancadas.
O próximo convidado da tarde era o animado Celso Unzelte, cuja entrevista foi transferida da arquibancada do Paca para o Auditório do Museu do Futebol, por motivos climáticos. Muita cantoria e bom humor marcaram o papo com o atual editor da Placar, que contou sua trajetória acompanhando o Timão como torcedor e jornalista.
Com o cair do sol foi a vez de entrevistar o designer e palmeirense Gustavo Piqueira, afinal o estádio fundado em 1940 é casa de todas as torcidas de São Paulo. O autor de Coadjuvantes falou sobre “torcida que canta e vibra” principalmente na década de 1980, período em que o Palmeiras é tratado no seu livro de maneira bastante afetiva.
Durante a prosa com Piqueira, um senhor estacionou o carro próximo do local onde estávamos gravando, saiu do automóvel e fumou um cigarro enquanto observava nossa equipe em ação. Entre uma baforada e outra, diante da fachada art déco do Municipal, o motorista deve ter lembrado dos grandes momentos vividos naquela cancha, que devido ao atual momento do futebol da cidade recebeu apenas sete partidas de futebol no ano corrente, clamando por mais 90 minutos de bola rolando.