Da Bahia para o Mundo, a Axé Music conquistou milhões de fãs e sacudiu diversas arquibancadas brasileiras e sul-americanas, através dos sucessos do carnaval soteropolitano!
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SDT Na Bancada #17 Privatizar e Proibir em SP
São Paulo é o túmulo das torcidas, vanguarda das proibições inúteis e outras medidas inócuas no combate à violência. O que não quer dizer que seja a única cidade/estado a cercear a cultura torcedora.
Nossa bancada formada por Gabriel Brito, Irlan Simões, Matias Pinto e Nico Cabrera rodam pelas canchas de Argentina e Brasil para discutir desde a proibição da venda de choripán e cerveja, passando pela privatização do Pacaembu e a selvageria da Brigada Militar contra torcedoras do Inter, além de atualizar pautas já debatidas como a elitização do Allianz Parque, torcida única etc.
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Conexão Sudaca #184 Semana Copeira XXI
Nossos muchachos passaram a régua nos duelos copeiros de terça à quinta-feira, com destaque aos recordes negativos – eliminação do São Paulo FC – e positivos – Ricardo Oliveira como 6º maior artilheiro brasileiro – na Copa Libertadores.
Também recordamos os 15 anos sem Albeiro Palomo Usuriaga, quem marcou o gol que levou a Colômbia a um Mundial depois de 28 anos, e valorizamos a boa estreia do Royal Pari na Copa Sul-Americana.
E direto do Grajaú, extremo sul de São Paulo, os parceiros do Xemalami chegam com “Bairro“, música de trabalho do último álbum Sudamerica – As Peças Pretas Jogam.
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O Som das Torcidas #145 Política
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O Som das Torcidas #142 Seven Nation Army
A obra-prima do duo The White Stripes mostrou que ainda tem força nas arenas russas, ao ser escolhida pela FIFA como música de entrada das seleções durante as 64 partidas da Copa do Mundo.
Após uma inesperada vitória do Club Brugge diante do Milan, em pleno San Siro, em outubro de 2003, os torcedores belgas comemoravam nas ruas milanesas quando começaram a corear o poderoso riff composto por Jack White. Desde então, passou a ser tocada sempre que os blauw-zwart anotam gols no Jan Breydel Stadium.
Numa dessas oportunidades, o clube de Flandres recebeu a AS Roma e saiu na frente, contudo os romanistas viraram e os tifosi passaram a cantarolar “po po po po”. Alguns meses depois, a Itália tornaria-se tetracampeã mundial e durante celebrações no Circo Massimo surgiria o canto “Siamo i campioni del mundo” que se espalhou para além das Sete Nações derrotadas pela Azzurra.
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Cidade de São Paulo é Série B no Carnaval
*Por André Baiano
Em 1992 a música “Baianidade Nagô”, de Evandro Rodrigues e interpretada pela Banda Mel, trazia um verso interessante que propunha um avanço sobre o Carnaval no meio do refrão.
“…Eu queria, que essa fantasia o fosse eterna…”
Essa música ganhava força ao chegar da quarta-feira de cinzas. Essa música sempre me lembra fim de carnaval.
O carnaval acabou. Quarta-feira de cinzas é o dia da reflexão e cura de ressaca. A história e a tradição são implacáveis nesse sentido. Quinta-feira também é um bom dia e se são perdoadas análises sobre a folia momesca, passou disso, corre-se o risco de já terem perdido o interesse pela “sua” história de carnaval. De fato, o ano começa e a galera já está em outra.
O desfile das campeãs no Carnaval do Rio é o último suspiro. Não o que passa na TV, mas quando a comunidade comemora mais um fim de festa.
Esse é mais ou menos o enredo dos grandes Carnavais. E quando se fala de carnaval tem o grande e o pequeno, sim. É preciso passar uma régua: Salvador, Pernambuco e Rio de Janeiro. O resto vamos chamar de série B. Nesse segundo escalão entram também as pessoas que vão passar o tal Carnaval no mato.
O Carnaval não acabou pelas bandas de São Paulo, então, estou escrevendo impressões de uma festa que não se encerrou. Talvez seja o mais duradouro da América Latina.
Logo, o Carnaval continua e eu não. Deixei as ruas por puro extremismo. Não é problema achar blocos nesse próximo fim de semana. Talvez não acabe nunca e a alegria seja eterna mesmo, porque a gente tem essa mania mesmo de confundir qualquer festa com o sagrado Carnaval.
Movido pelo pré-carnaval decidi ficar em São Paulo, e olha, não me arrependo nem um pouco. Interessante essa retomada do Carnaval de rua da capital paulista. Disputa pela cidade, portanto, ação política. É muito importante São Paulo entrar na “Rota do Carnaval”. É uma cidade que pode contribuir para a construção de uma festa verdadeiramente popular, democrática e não mercantilizada. Mas chega no sapato, sem cair nessa do prefeito que vai ter o maior carnaval do Brasil. A Santíssima Trindade já está consolidada.
Uma coisa a cidade já tem: a atmosfera da festa. Quem não se fantasia é desmoralizado com razão (foi o carnaval que eu mais me preocupei com isso), cerveja quente, transporte público que é ruim e caro se tornando uma opção inviável, o banheiro ampliado, entre outras coisas inerentes ao período momesco.
Tem bloco bom também. Meu roteiro foi mesclando bloco cheio e bloco pequeno. Gostei dos pequenos. Muito Centro e pouca Vila Madá.
Bloco pequeno não tem B.O! Se for ruim é um ruim pequeno, que vira bom. Bloco grande virou sinônimo de furada. Muitas vezes causada pela própria organização e foliões. Sonoridade era sorte, o que te fazia escolher entre disputar espaço com a banda (a outra parte prejudicada pela má qualidade do som dos trios) ou tomar barrunfo de óleo diesel pelas ventas do lado do … vamos chamar de carro de som.
A maioria dos trios bons estavam sendo ocupados por DJs. Nada contra a participação de DJ no carnaval, isso tinha que ser cortado lá atrás quando o carnaval de Salvador começou a receber a turma do David Guetta, mas o real problema é que no espaço sagrado do Carnaval seja o despejo de músicas que não fazem nenhum sentido.
Aí viram blocos sem “time”. Música acelerada o tempo todo e pouca importância para o que se acontece embaixo, não importando o ambulante que está sendo encurralado pela multidão. Nisso esses blocos vão ter que aprender com Salvador. Proporção 3 pra 1. Esse “1” é importante. É a música para apaziguar e todo mundo se encontrar, segurar a onda em locais que não comportam multidão.
Um agravante para a seleção de músicas. Pode tocar de tudo? Deve. Mas, na verdade, sabemos que é fundamental que deixemos de cantar algumas. Não vejo sentido na trinca Rihanna – Marilia Mendonça – Caetano Veloso. Qualquer aplicativo de música é mais generoso. E aqui não falo dos artistas, mas sim, da pessoa que se aproveita do nosso estado lisérgico para fazer essas estripulias corta onda.
É a cerveja quente dos amigos do prefeito para esse processo de enganação por parte desses blocos, e o povo vai junto com um “Fora,Temer” a plenos pulmões e a próxima sequência bate-estaca do DJ. Muita coisa, pouco propósito.
Vão, inclusive, não se importando com o que está em sua frente, seja um grupo de amigos parados ou um ambulante. A parada é empurrar, afinal, é o carnaval de São Paulo e paulistano gosta mesmo de mostrar sua felicidade, as vezes artificial, achando que finalmente conseguiu superar o panteão dos grandes Carnavais do Brasil. Esse complexo sempre teima em aparecer por aqui.
Ainda não é! É Série B ainda, e abre o olho porque dizem que está mais legal em Minas. Mas é uma Série B que te proporciona momentos incríveis, como tomar chuva nos arredores do Teatro Municipal ao som de uma bateria insana formada só por meninas.
De maneira torta, e como tem que ser, o paulistano vai reinventando o Carnaval, com a vantagem de uma história de ocupação do espaço público por parte da população, sendo que a festa só amplia essa disputa pela cidade, a qual vive um momento delicado do ponto de vista do seu gestor. A resistência será importante. Nenhum passo atrás. São Paulo é cidade-berço do samba. Eles perderam nessa. A galera gostou e Daniela Mercury, esperta como sempre, já sacou.
Agora é só ir afinando em todos os sentidos e curtir uma Série B com dignidade. Talvez nunca chegue ao que é Salvador, Pernambuco ou Rio de Janeiro. E nem precisa. Sem crise. O paulistano curte ser descolado.
*André Baiano é historiador, DJ, torce para o Vitória e está atrás do acarajé perfeito em terras paulistanas