Filha do medo, a raiva é mãe da covardia.
Da dor de cotovelo ‘a ditadura, ela faz parte da nossa vida.
É sobre a raiva, o ódio, a cólera, a ira, o Travessia desta semana, que traz:
— Geraldo Vandré convoca os marinheiros e o povo a descer o cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar
— Lupicínio Rodrigues e a orgia de carnaval que virou uma caixa de ódio no coração da amada
— Jamelão nos lembra que na hora da raiva a gente diz o que não deve dizer
— Quem vive no morro só pode ter raiva de tudo, cantou Bezerra da Silva
— Chico Buarque e o ódio da classe média contra o negro que invade sua praia a sonhar com navios negreiros fazendo o caminho de volta
— Caetano Veloso e a pessoa chata que enche o saco.
— Bia Ferreira está cansada e com raiva por ter que mostrar que cota não é esmola
— A confusão do Ira! com um poema pacifista do poeta luso-moçambicano Reinaldo Ferreira
— Garotos Podres e o ódio mútuo entre os integrantes a espelhar a polarização política do Brasil nos anos 2010
— Patife Band e a barra pesada de quem trabalha muito e não aguenta mais.