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Abençoado
O Brasil é um país de maioria católica, o que explica a predileção por temas desta religião da maioria dos compositores que se inspiraram no mundo religioso. Porém, os evangélicos crescem gradualmente e já são notados. A umbanda e o candomblé um dia foram malditos pela elite dominante do país, mas aos poucos sua origem umbelicamente relacionada às escolas de samba do Rio de Janeiro.
As religiões são o tema desta semana do Travessia, a música brasileira em revista.
Nesta edição
No mundo católico, Renato Teixeira revigorou a música caipira ao falar dos fiéis de Aparecida do Norte; Gilberto Gil cutuca a falsa religiosidade em pleno 1968, quando tudo estava em ebulição; Milton Nascimento torna angelical a canção caipira sobre a folia de reis, Odair José criou uma ópera rock para criar uma versão moderna do filho de José e de Maria, e Alceu Valença anuncia a chegada de alguém usando termos bíblicos. É Jesus Cristo? É o fim dos tempos?
Na umbanda e no candomblé, Baden Powell e Baden Powell deram a chancela da classe média carioca para os ritos até então malditos dessas religiões, gerando um boom de canções para louvar as religiões dos negros descendentes de escravos — Noriel Vilela, o famoso 16 toneladas, entrou na onda.
Legião Urbana criou uma miscelânia entre a Bíblia e Camões; O Rappa foi uma das primeiras bandas a pensar o crescimento evangélico no Rio de Janeiro, de modo crítico. E Arnaldo Antunes musicou um poema do simbolista Augusto dos Anjos sobre o budismo.
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